EVANGELHO DE JOÃO


Autor: Apóstolo João
Data: Cerca de 85 dC


Esboço de João
Prólogo: A Encarnação do Filho de Deus 1.1-18


I. O ministério público de Jesus 1.19-12.50


Preparação 1.19-51
As bodas em Caná 2.1-12


Ministério na Judéia 2.13-3.36
...Jerusalém: Purificação do Templo 2:13-25
...Jerusalém: Encontro com Nicodemos 3:1-21
...Judéia: João Batista testemunha de Jesus 3:22-36


Indo para a Galiléia
...Encontro com a mulher de Samaria 4.1-42
...Cura do filho de um oficial do rei 4.43-54
...Cura um paralítico em Betesda 5.1-15
...Honrando o Pai e o Filho 5.16-29
...Testemunhas do Filho 5.30-47


Ministério na Galiléia 6.1-71
...O sinal milagroso para mais de 5 mil pessoas 6:1-21
...O discurso aos falsos seguidores 6:22-40
...As reações ao "Sou o Pão da Vida" 6:41-71


Na Festa dos Tabernáculos em Jerusalém 7:1-10:21
...Primeiro debate, Quem Ele era 7.1-36
...Segundo debate, Água Viva 7:37-53
...Terceiro debate, Mulher Adúltera 8:1-59
...Quarto debate, Cura de um cego de nascença 9:1-41
...Quinto debate, O Bom Pastor, 10:1-21


Na Festa da Dedicação em Jerusalém 10:22-42
...O discurso aos incrédulos 10:22-30
...A rejeição 10:31-42


Ministério em Batânia e Jerusalém 11.1-12.50
...Ressuscita Lázaro e as reações 11:1-57
...Sua unção por Maria e as reações 12:1-11
...Entra Triunfal em Jerusalém e ensina 12:12-50


II. Instrução aos Discípulos na Última Ceia 13.1-17.26
Sobre Humildade com o lava pés 13:1-20
Sobre Traição com Judas e Pedro 13:21-30
Sobre sua partida 13:31-38
Sobre o Céu 14:1-14
Sobre o Espírito Santo 14:15-26
Sobre a Paz 14:27-31
Sobre a Produtividade Espiritual 15:1-17
Sobre o Mundo 15:18-16:6
Sobre o Espírito Santo 16:7-15
Sobre sua volta 16:16-33
Oração Sacerdotal por todos os discípulos 17:1-26


III. Paixão e ressurreição de Jesus 18.1-21.23
O Getsêmani e a prisão, traição 18.1-12
Os Julgamentos 18:12-19:16
...Perante Anás, a negação 18:13-23
...Perante Caifás 18:24-27
...Perante Pilatas 18:28-19:16


Crucificação e sepultamento 19.17-42
Ressurreição e aparições 20.1-21.23
...Túmulo fica vazio 20:1-10
...Aparece a Maria Madalena 20:11-18
...Aparece aos apóstolos sem Tomé 20:19-25
...Aparece aos discípulos com Tomé 20:26-31
...Aparece a sete discípulos em Tiberíaes 21:1-14
...Conversa sobre Pedro e a João 21:15-23


Epílogo 21.24-25




Outro Esboço1





Autor
A antiga tradição da igreja atribui o quarto evangelho a João “o discípulo a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), que pertencia ao “círculo íntimo” dos seguidores de Jesus (Mt 17.1; Mc 13.3). De acordo com escritores cristãos do séc. I , João mudou-se para Éfeso, provavelmente durante a guerra Judaica de 66-70dC, onde continuou seu ministério.


Data
A mesma tradição que localiza João em Efeso sugere que ele escreveu seu evangelho na última parte do séc. I. Na falta de provas substanciais do contrário, a maioria dos eruditos aceitam esta tradição.


Conteúdo
Enquanto era bem provável que João conhecesse as narrativas dos outros três Evangelhos, ele escolheu não seguir a seqüência cronológica de eventos dos mesmos como uma ordem tópica. Nesse caso, eles podem ter usado as tradições literárias comuns e/ou orais. O esquema amplo é o mesmo, e alguns acontecimentos em particular do ministério de Jesus são comuns a todos os quatro livros. Algumas das diferenças distintas são: 1) Ao invés das parábolas familiares, João tem discursos extensos; 2) Em lugar dos muitos milagres e cura dos sinóticos, João usa sete milagres cuidadosamente escolhidos a dedo que servem como “sinais”; 3) O ministério de Jesus gira em torno das três festas da Páscoa, ao invés de uma, conforme citado nos Sinóticos; 4) Os ditos “Eu sou” são unicamente joaninos.
João divide o ministério de Jesus em duas partes distintas: os caps 2-12 dão uma visão de seu ministério público, enquanto os caps 13-21 relatam seu ministério privado aos seus discípulos. Em 1.1-18, denominado “prólogo”, João lida com as implicações teológicas da primeira vinda de Jesus. Ele mostra o estado preexistente de Jesus com Deus, sua divindade e essência, bem como sua encarnação.


Cristo Revelado
O livro apresenta Jesus como ó único Filho gerado por Deus que se tornou carne. Para João, a humanidade de Jesus significava essencialmente uma missão dupla: 1) como o”Cordeiro de Deus (1.29), ele procurou a redenção da humanidade; 2) Através de sua vida e ministério, ele revelou o Pai. Cristo colocou-se coerentemente além de si mesmo perante o Pai que o havia enviado e a quem ele buscava glorificar. Na verdade, os próprios milagres que Jesus realizou como “sinais”, testemunham a missão divina do Filho de Deus.


O Espírito Santo em Ação
A designação do ES como “Confortador” ou “Consolador” (14.16) é exclusiva de João e significa literalmente. “alguém chamado ao lado”. Ele é “outro consolador”, isto é, alguém como Jesus, o que estendeu o ministério de Jesus até o final desta era. Seria um grave erro, entretanto, compreender o objetivo do Espírito apenas em termos daqueles em situações difíceis. Ao contrário,João demonstra que o papel do Espírito abrange cada faceta da vida. Em relação ao mundo exterior de Cristo, ele trabalha como o agente que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8-11). A experiência de ser “nascido no Espírito” descreve o Novo Nascimento (3.6). Como, em essência, Deus é o Espírito, aqueles que o adoram devem fazê-lo espiritualmente, isto é, conforme comandado e motivado pelo ES (4.24). Além disso, em antecipação do Pentecostes, o Espírito torna-se o capacitador divino para o ministério autorizado (20.21-23).
João revela a função do ES em continuar a obra de Jesus, guiando os crentes e a um entendimento dos significados, implicações e imperativos do evangelho e capacitando-os a realizar “obras maiores” do que aquelas realizadas por Jesus (14.12). Aqueles que crêem em Cristo hoje podem, assim, enxergá-lo como um contemporâneo, não apenas como uma figura do passado distante.