1Pedro

Autor: Pedro
Data: Cerca de 60 dC
Esboço de 1º Pedro
Introdução 1.1-2
I. A fé e esperança dos crentes no mundo 1.3-2.10
regozijando na esperança da volta de Cristo 1.3-12
Vida Justa devido à esperança 1.13-2.3
Renovação para o povo de Deus 2.4-10
II. A conduta do crente nas circunstâncias diárias 2.11-5.11
Submissão e respeito pelos outros 2.11-3.12
Sofrimento em nome de Cristo 3.13-4.19
Servindo humildemente enquanto sofre 5.1-11
Conclusão 5.12-14
Silvano, co-autor desta carta 5.12
Saudações 5.13
Exortações finais com bênção 5.14
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Autor
A carta parece ser do apóstolo Pedro, e não há evidências de que a autoria de Pedro tenha alguma vez sido desafiada na igreja primitiva. Silvano, que acompanho Paulo em segunda viagem missionária provavelmente tenha sido secretário de Pedro na composição de 1 Pe (5.12), o que talvez explique o estilo polido do grego da carta.




Ocasião e Data
Pedro se dirige aos cristãos que vivem em várias partes da Ásia Menor, os quais estão sofrendo rejeição no mundo devido à sua obediência a Cristo (4.1-4, 12-16). Ele, portanto, relembra-os de que têm uma herança celeste (1.3-5)
Pedro soube das tentações deles e, portanto, refere-se a eles como “estrangeiros dispersos” (1.1), uma frase que lembra o exílio de Israel no AT, mas também apropriada para estes cristãos (1.17; 2.11). Eles são, em sua maioria gentios convertidos. Em um momento eles não eram povo (2.10). Sua antiga vida era de obscenidades, bebedeira e idolatria (4.3), que descrevia mais os pagãos gentios do que os judeus do Séc. I . Os compatriotas deles estão surpresos por eles agora viverem de maneira diferente (4.4). Embora sofrer seja a “ardente prova” (4.12), aparentemente não há a vinculação do martírio. Além do mais, a perseguição é normalmente a exceção (3.13,14; 4.16).
A tradição antiga sugere que Pedro foi martirizado em Roma junto com a severa perseguição de Nero aos cristãos depois do incêndio de Roma em 64 dC. Esta carta foi escrita provavelmente perto do fim da vida de Pedro, mas enquanto ele ainda poderia dizer: “honrai ao rei” (2.17). O início dos anos 60 é uma boa estimativa para a composição de 1 Pedro.
Conteúdo
Acompanhando as várias exortações para a vida fiel em meio a uma sociedade ímpia, a salvação prometida no evangelho também está bastante em vista. A salvação futura que aguarda os crentes na revelação de Jesus é especialmente proeminente no princípio da carta (1.3-13). Esta é a “esperança” do cristão mencionada em 1.3, 13, 21; 3.15. Mesmo tendo cristo sofrido e depois sido glorificado, os cristãos deveriam antever a glória porvir, embora pudessem ser perseguidos pela fé nessa vida (1.6-7; 4.12-13). A paciência em meio ao sofrimento injusto é “agradável a Deus” (2.20).
Também há um referência ao importante objetivo dos crentes de levar os outros a Deus por meio de seus estilos de vida piedosos. Eles, portanto, proclamam os louvores de Deus (2.9), silenciam os homens loucos realizando boas obras (2.15); ganham esposas para Cristo por seus exemplos (3.1); envergonham os críticos ímpios (3.15-16) e confundem antigos companheiros (4.4). Os cristãos devem ser uma força de redenção no mundo, apesar do sofrimento.
Cristo Revelado
Em quatro passagens separadas. Pedro liga os sofrimentos do sacrifício de Cristo com a glória que surgiu em sua morte (1.11; 3.18; 4.13; 5.1). A carta detalha os frutos do sofrimento e da vitória de Cristo, incluindo provisões para uma nova vida e esperança para o futuro (1.3,18-19; 3.18). A expectativa da volta de Cristo na glória faz com que os crentes regozijem (1.4-7). De outras maneiras, Cristo agora também faz uma profunda diferença na vida dos cristãos; eles o amam (1.8); eles vêm até ele (2.4); eles oferecem “sacrifícios espirituais” através dele (2.5); eles são censurados por causa dele (4.14); eles devem esperar se recompensados quando ele voltar (5.4).
O Espírito Santo em Ação
O ES é ativo em todo o processo de salvação: o “Espírito de Cristo” nos profetas no AT testificam a respeito da cruz e da glória subseqüente (1.11); Cristo foi ressuscitado dos mortos “pelo Espírito” (3.18); os evangelistas pregaram o evangelho pelo Espírito; os crentes responderam em obediência através “do Espírito” (1.2,22); um antegozo da glória porvir veio através do Espírito (comparar: 4.14 com o v. 13 e 5.1).