Salmos


Autor: Davi, Asafe, filhos de Coré e outros
Data: entre 1000 e 300 aC
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Esboço de Salmos
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I. Livro I 1.1-41.13
Cânticos introdutórios 1.1-2.12
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Salmo1 - A felicidade dos justos e o castigo dos ímpios
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Salmo2 - A rebelião das nações e a vitória do Messias
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Cânticos de Davi 3.1-41.12
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Salmo3 - David confia em Deus na sua adversidade
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Salmo4 - Davi ora a Deus na sua angústia
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Salmo5 - Davi ora pedindo proteção contra os ímpios
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Salmo6 - Davi recorre à misericórdia de Deus e alcança perdão
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Salmo7 - Davi confia em Deus e roga-lhe que o defenda dos impios
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Salmo8 - A glória de Deus e a dignidade do homem
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Salmo9 - Ação de graças por um grande livramento
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Salmo10 - Oração para que os ímpios sejam derrubados
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Salmo11 - Deus é um refúgio e uma defesa
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Salmo12 - A falsidade do homem e a veracidade de Deus
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Salmo13 - Davi, na sua extrema tristeza, recorre e confia em Deus
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Salmo14 - A loucura e a corrupção do homem; sua redenção provém de Deus
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Salmo15 - O verdadeiro cidadão dos céus
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Salmo16 - A confiança e felicidade do crente e a certeza da vida eterna
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Salmo17 - Davi pede a Deus que o proteja dos seus inimigos; confia na sua inocência e na justiça de Deus
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Salmo18 - Cântico de louvor a Deus por ter concedido vitória e domínio
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Salmo19 - A excelência da criação e das suas leis, assim como da palavra de Deus
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Salmo20 - Oração pelo rei na guerra
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Salmo21 - Davi louva a Deus pela vitória
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Salmo22 - O Messias sofre mas triunfa
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Salmo23 - A felicidade de termos o Senhor como nosso Pastor
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Salmo24 - O Rei da Glória entrando em Sião
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Salmo25 - Davi roga a Deus que o livre dos seus inimigos e lhe perdoe os pecados
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Salmo26 - Davi recorre a Deus, confiando na sua própria integridade
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Salmo27 - Confiança em Deus e anelo pela sua presença
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Salmo28 - Davi roga a Deus que o aparte dos ímpios e o louva por ter ele ouvido as suas súplicas
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Salmo29 - Davi exorta a louvar a majestade de Deus
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Salmo30 - A ira de Deus dura um momento só, mas a sua benignidade é eterna
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Salmo31 - Davi roga a Deus que o livre, louva a sua benignidade, e exorta a confiar nele
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Salmo32 - A felicidade do homem perdoado; exortação ao arrependimento
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Salmo33 - O júbilo do crente na contemplação das obras de Deus
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Salmo34 - Davi louva a Deus, que respondeu às suas súplicas, e exorta a confiar nele
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Salmo35 - Davi pede o castigo dos ímpios; descrição da miséria destes e súplica para qu Deus os julge
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Salmo36 - A malícia dos ímpios - nosso refúgio está em Deus, que salva os retos
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Salmo37 - A prosperidade dos pecadores acaba, e somente os justos serão felizes
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Salmo38 - Oração de um pecador arrependido
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Salmo39 - Meditação sobre a vaidade da vida; súplica pela misericórdia de Deus
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Salmo40 - Deus ouve a alma paciente; a obediência é melhor do que o sacrifício; o salmista faz oração a Deus para que o livre dos males
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Salmo41 - Davi queixa-se da traição de seus inimigos e busca o socorro de Deus
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II. Livro II 42.1-72.20
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Cânticos de Salomão 72.1-17
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III. Livro III 73.1-89.52


Cânticos de Asafe 73.1-83.18

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Cânticos dos filhos de Corá 84.1-85.13
...Salmo 84 - A felicidade daquele que habita no santuário de Deus
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Cânticos dos filhos de Corá 87.1-88.18
...Salmo 87 - Deus tem o maior prazer em Sião
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Cânticos de Etã 89.1-51
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IV. Livro IV 90.1-106.48

Cântico de Moisés 90.1-17
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Cânticos “O Senhor Reina” 93.1-100.5


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Cânticos de Davi 101.1-8; 103.1-22
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Cânticos anônimos 102.1-28; 104.1-106.47
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Doxologia 106.48
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V. Livro V 107.1-150.6
Cântico de ação de graças 107
Cânticos de Davi 108 - 110
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Hallel Egípcio 111.1-118.29
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Cântico Alfabético sobre a lei 119
Cânticos dos degraus 120 - 134
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Cânticos anônimos 135 -137
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Cânticos de Davi 138 - 145
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Cânticos “Louvai ao Senhor” 146 -149

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Autor
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
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Data
O salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Cr 23.5); o governo de Ezequias (2Cr 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Ne 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
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Conteúdo
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções, antífonas histporicas e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro. No livro I (Sl 1-41), a maioria dos cânticos são atribuídos a Davi. O Livro II (Sl 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos. O Livro III (Sl 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Cr 16.4-7). Embora a maioria dos salmos no Livro IV (Sl 90-106) não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão colaboraram também. No Livro V (Sl 107-150) registram-se vários cânticos de Davi. A série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Sl 113-118) também está no Livro V. Os cânticos finais nesse livro (Sl 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; o salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidas.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria dos paralelismo são dísticos que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa a negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
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O Espírito Santo em Ação
O livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois são produto da obra do ES. Davi, o principal colaborador do livro dos Salmos, foi ungido pelo ES (1Sm 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (At 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do ES (Lc 24.44; At 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito (2Sm 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Cr 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferente das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do ES.
Relatos específicos mostram que o ES opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustém o penitente (51.11-12); e que interage com o rebelde (106.33).