Análise nº 45
Mensagem: A Justificação pela Fé, seu método e Resultados
INTRODUÇÃO GERAL
AUTOR O apóstolo Paulo.
DESTINATÁRIOS: Os cristãos romanos, 1:7. A carta pode ser dividida em duas seções principais:
Parte I. Doutrinária, caps. 1-11.
Parte II. Prática, caps. 12-16. TEMA PRINCIPAL
Parte I: O plano da salvação. A justificação pela fé e a santificação através do Espírito Santo.
Parte II: Exortações, principalmente acerca dos deveres cristãos.
UM PODEROSO ARGUMENTO: Na parte I, o apóstolo prova que todo ser humano está rodeado de três muros insuperáveis.
· (1) O muro da culpabilidade universal, caps.1-3. · (2) O muro das tendências pecaminosas e das concupiscências carnais, 7:15-24. · (3) O muro da eleição soberana de Deus, 9:7-18. Em meio ao seu argumento de que é terrível a situação do homem natural, ele a acentua as portas da misericórdia divina mediante a provisão do plano de salvação, através das quais todos os que desejam podem escapar dos iminentes juízos de Deus.
CADEIA CHAVE: mostra a corrente do pensamento, 1:16; 3:22,23,28; 4:3, 5:1,18; 9:31-32; 10:3,4,6,7,8,9. SINOPSE
PARTE I. O plano da salvação.
· (1) Sua necessidade, fundamentada na culpabilidade universal da humanidade:
o (b) Do mesmo modo os judeus, sob a condenação da lei, 2:17 a 3:20. o (c) Todos são pecadores, 3:23. · (2) Seu método, justificação ou justiça pela fé, 3:21-28. · (3) Ilustrado na vida de Abraão, cap. 4. o (a) Independente das obras, vs. 1-6. o (b) Independente das ordenanças, vs. 9-12. · (4) Suas bênçãos se tornam efetivas através do amor de Deus, que é manifestado no sacrifício da morte de Cristo, vs. 5:1-11. · (5) Explica o alcance do dom gratuito da salvação, 5:12-21. · (6) O dom gratuito não estimula a prática do pecado, mas, pelo contrário, requer a crucificação da natureza corrupta do homem e uma vida de serviço santo a Deus, 6:1-23. · (7) No capítulo sete, Paulo fala claramente da luta com as tendências pecaminosas e os desejos da carne. Se ele se refere às próprias experiências antes ou depois de sua conversão, é uma questão que divide os eruditos da Bíblia. Todos, entretanto, concordam que o texto descreve vividamente o que ocorre no coração humano, 7:7-24. · (8) Temos, no capítulo oito, a descrição culminante do plano da salvação. É uma nova vida espiritual de liberdade e justiça por meio da fé em Cristo. Este é um dos grandes capítulos espirituais da Bíblia, no qual o Espírito Santo é mencionado dezenove vezes.
· (9) Parênteses. A grande preocupação de Paulo por seu próprio povo, 9:1-5. · (10) O ministério da eleição divina e o trato de Deus com Israel.
o (a) Os privilégios especiais de Israel, 9:4-5. Veja Também 3:1-2. o (b) A distinção entre os descendentes naturais de Abraão e os espirituais, 9:6-13. o (c) O ministério da soberania divina, 9:14-24. o (d) Os profetas predisseram o fracasso dos judeus em viver de acordo com seus privilégios; o chamado aos gentios e sua aceitação do plano divino de justificação pela fé, 9:25-33. · (11) A má interpretação que os judeus fizeram do plano divino, resultou na sua justiça própria, 10:1-3. · (12) Explicação do plano de salvação pela fé e a promulgação de sua aplicação universal, 10:4-18. · (13) O relacionamento de Deus com Israel, 10:19 -11:12. · (14) Os gentios são advertidos a não jactar-se de seus privilégios, e a cuidar-se para não cair em condenação, 11:13-22. · (15) Profecia da restauração de Israel e a declaração de que os mistérios dos caminhos de Deus são insondáveis, 11:23-36. PARTE II. Prática. Contém principalmente exortações e instruções acerca dos deveres cristãos, caps. 12-16. Cap. 12. Este capítulo apresenta um dos melhores resumos dos deveres cristãos encontrados na Escritura. Pode-se obter um estudo mais completo consultando os temas à margem desse capítulo nesta Bíblia. · (1) Deveres cívicos e sociais, vs. 1-10. · (1) Não devemos julgá-los, 14:1-13. · (2) Devemos ter cuidado em não ofendê-los, 14:15-23. · (3) Devemos ajudá-los e não agradar-nos a nós mesmos, 15:1-7. PENSAMENTOS FINAIS. Principalmente experiências pessoais e saudações.
· (1) Razões para dar graças da parte dos gentios, e a propagação do ministério do apóstolo entre eles, vs. 8-21. · (2) O desejo de Paulo de visitar Roma e sua saudações a vários amigos cristãos, 15:22 -16:16.
A EPÍSTOLA
esta epístola foi escrita aos crentes em Roma, no mês de fevereiro, A.D. 58, em Corinto, quando então, Paulo estava em casa de Gaio, (16:23) um crente rico daquela cidade. Paulo a ditou e Tertius a escreveu (16:22). A epístola foi levada a Roma por uma viúva rica, chamada Febe, que ia para lá para atender a negócios particulares (16:1,2). AS OPINIÕES
Sempre considerou-se, esta, epístola, como a obra-prima de Paulo, tanto do ponto de vista intelectual como do teológico, tanto que, sempre foi tida em elevada consideração por grandes homens. Dizem que Crisóstomo a lia uma vez por semana e que Coleridge a considerava "a obra mais profunda, jamais escrita". - Calvino, a respeito desta carta, disse: "Abriu-se a porta a todos os tesouros das Escrituras." - Lutero pronunciou-se desta forma: O livro principal do Novo Testamento e o Evangelho mais puro" e, Melancton, afim de conhecê-la melhor e melhor familiarizar-se com ela, copiou-a duas vezes com sua própria mão. - Godet a descreveu como "A catedral da fé cristã".
O PROPÓSITO
Esta carta responde à pergunta dos séculos: "Como se justificará o homem com Deus?" (Jó 9:2). Ninguém pode julgar-se justo se não se justificar com seu Criador. É ainda, nesta carta que se revela e se expõe a maneira como Deus justifica. Seus versos-chave são 1:16 e 17. Estes dois versos podem ser considerados como o texto, e o restante da carta como sendo o sermão. ANÁLISE
Divide-se em duas seções: Como um pregador sábio, Paulo, expõe, em primeiro lugar a doutrina (1-11) e, em seguida faz a aplicação (12-16). A primeira seção tem 9 divisões.
(A) DOUTRINA
(1) Justificação pela fé revelada no Evangelho - 1:1-17 · Após iniciar com a saudação, Paulo manifesta o desejo de visitar Roma.
o para atender ao desejo ardente de sua alma
o ser uma bênção para os irmãos ali
o para solver uma dívida, indo ali pregar o Evangelho
· Ele afirma que este Evangelho revela o método de Deus, de conceder a justiça e justificar o pecador.
· Estes são os textos básicos.
(2) A necessidade universal da justificação pela Fé - 1:18 - 3:20
· Nesta seção se vê que toda a humanidade tem necessidade da Graça justificadora de Deus.
· Em primeiro lugar mostra como os gentios se desviaram de Deus e os resultados funestos que se seguiram. 1:18-32 · Em seguida, prova, no Cap. 2, que também o judeu carece da mesma Graça. · A justificação pela Fé é somente para aqueles cujas bocas foram fechadas.
(3) Como somos justificados - 3:21-31 · Sua aceitação é pela Fé. Versos 22, 26 e 28 · Sua prova é a ressurreição de Cristo. Cap. 4:25 Notar: Verso 23. Nem todos tem os mesmos pecados mas, todos são pecadores. (4) A justificação pela Fé, não é doutrina nova - 4 · Mas, esta doutrina não é completamente nova? Não é uma nova idéia? Certamente que não.
· Abraão foi justificado pela fé.
· Até Davi descreveu a bem-aventurança do estado do justificado.
Esta seção é muito importante.
Notar: Verso 19-22 Nada de indecisão, Abraão encarou firme, o problema. (5) As bênçãos que seguem à justificação - 5 · A glória na tribulação, vs. 3 · O amor de Deus, no coração, vs. 5 Notar:
1. No vs. 5 temos a primeira referência ao Espírito, nesta carta. 2. Na parte anterior somos dirigidos a obra de Cristo prar nós antes da obra do Espírito em nós.
(6) A justificação pela fé e a questão do pecado - 6
Aqui se revela que a justificação pela Fé não permite a continuação no pecado. Do contrário, morreremos para ele.
Notar: vs. 2 "nós que estamos mortos para o pedado." Para o "Homem velho" a versão do século vinte dá o "Velho Eu".
(7) Os esforços e gemidos do justificado - 7 · Sem dúvida, temos aqui a experiência da pessoa regenerada. Embora muitos despertados, mas não convertidos tenham experiência igual. Aqui vemos a batalha, incessante, entre a velha natureza e a nova.
(8) A liberdade e os privilégios do justificado - 8 Neste capítulo temos a Terra de promessa onde mana leite e mel para todos a possuírem.
Que contraste deste capítulo com o anterior! Este capítulo começa com "nenhuma condenação há" e termina afirmando que não há mais separação!
(9) A justificação e o judeu incrédulo - 9, 10 e 11 E Israel?
O capítulo 9 é dedicado à reivindicação da liberdade de Deus em orientar seus planos conforme sua onisciência. No capítulo 10, porque Israel foi rejeitado. No capítulo 11, se revela que a rejeição de Israel foi parcial e não permanente.
(B) PRÁTICA
(9) Os deveres do justificado - 12, 13, 14, 15 e 16 · A Deus - Consagraremo-nos a nós mesmos, 12:1
Não nos conformando com o mundo, 12:2 · A nós mesmos - Não sermos presunçosos, 12:3 · A Igreja - Usar nossos dons, 12:4-8 · Aos outros crentes - Amor demonstrado em diversas maneiras, 12:9-13 · Ao inimigo - "não vos vingueis", 12:14-21 · Ao País - "estejais sujeitos", 13:1-7 · Aos vizinhos - "A ninguém devais coisa alguma", 13:8-14 · Ao irmão fraco - "suportar as fraquezas", 14 - 15:7 · A todos - Observando as cortesias comuns da vida, 15:8-16