Nestes ditos concretos e expressivos descreve-se um grande contraste entre a sabedoria e a insensatez, e entre a justiça e o pecado.
PROPÓSITO PRINCIPAL. Dar instrução moral, especialmente aos jovens.
PENSAMENTO CHAVE. O temor do Senhor, mencionado cerca de quatorze vezes.
SINOPSE
(1) Conselhos paternais e advertências, com exortações acerca da obtenção de sabedoria, caps. 1-7.
(2) Chamado da sabedoria caps. 8-9.
(3) Os provérbios de Salomão-contrastes entre o bem e o mal sabedoria e a insensatez, caps. 10-20.
(4) Máximas proverbiais e conselhos, caps. 21-24.
(5) Os provérbios de Salomão, copiados por homens do rei Ezequias, caps. 25-29.
(6) As palavras de Agur, o profeta, cap. 30.
(7) As palavras do rei Lemuel, o conselho de uma Mãe, 31:1-19. A descrição de uma esposa ideal, 31:10-31.
PORÇÕES SELETAS
Sabedoria, seu chamado, 1:20-23; cap. 8; sua fonte, 2-6; sus preciosidade, 3:13-26; a coisa principal, 4:5-13; o tesouro mais valioso, 8:11-36; sua festa, 9:1-6.
TEMAS TRATADOS
A ira, 14:17, 29; 15:18; 16:32; 19:11.
A generosidade, 3:9-10; 11:24-26; 14:21; 19:17; 22:9.
A correção dos filhos, 13:24; 19:18; 22:6,15; 23:13-14.
Os tentadores, 4:14; 9:13; 16:29.
O temor de Deus, 1:7; 3:7; 9:10; 10:27; 14:26-27; 15:16, 33; 16:6; 19:23; 23:17; 24:21.
Insensatos, caluniadores, 10:18; de vida curta, 10:21; desordeiros, 10:23; fariseus, 12:15; irritáveis, 12:16; zombadores do pecado, 14:9; faladores de estultícia, 15:2; insensíveis, 17:10; perigosos, 17:12; ilusórios, 17:24; intrometidos, 20:3; desprezadores da sabedoria, 23:9; estúpidos, 27:22; auto-confiantes, 14:16; 28:26; incautos, 29;11.
Amizade, 17:17; 18:24; 19:4; 27:10, 17.
Conhecimento Divino, 15:11; 21:2; 24:12.
Diligente, 6:6-11; 10:4-5; 12:27; 13:4; 15:19; 18:9; 19:15,24; 20:4, 13; 22:13; 24:30-34; 26:13-16.
Opressão, 14:31; 22:22; 28:16.
Orgulho, 6:17; 11:2; 13:10; 15:25; 16:18-19; 18:12; 21:4,24; 29:23; 30:13.
Prudência, 12:23; 13:16; 14:8,15,18; 15:5; 16:21; 18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Zombadores, 3:34; 9:7; 14:6; 19:25; 24:9.
Contenda, 3:30; 10:12; 15:18; 16:28; 17:1,14,19; 18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Temperança, 20:1; 21:17; 23:1-3,20; 23:29-35; 25:16; 31:4-7.
A língua, 4:24; 10:11-32; 12:6,18,22; 13:3; 14:3; 15:1-7,23; 16:13,23,27; 17:4; 18:2,21; 19:1; 20:19; 21:23; 26:28; 30:32.
Ganho injusto, 10:2; 13:11; 21:6; 28:8.
Riqueza, 10:2,15; 11:4,28; 13:7,11; 15:6; 18:8; 18:11; 19:4; 27:24; 28:6,22.
Mulheres más, 2:16-19; 5:3-14,20,23; 6:24-35; 7:5-27; 9:13-18.
Mulheres boas, 5:18-19; 31:10-31.
LIÇÃO ESPIRITUAL
Salomão foi um guia, mais que um exemplo. Mostrou o caminho da sabedoria, mas na última parte de sua vida, não caminhou por ele. Seu filho, Roboão, seguiu seu exemplo, em vez de seus conselhos, e se converteu num governante insensato e mau.
O ensino pelos provérbios era uma das formas mais antigas de instrução. Desde os tempos histórico, mais antigos, cada nação possuía seus provérbios. Tal método de ensino se adaptava, perfeitamente, à época, quando os livros rareavam e eram caríssimos. As sentenças, claras, vivas, eram facilmente decoradas. Ainda hoje – idade da erudição e ciência – os provérbios são tão familiares que exercem poderosa influência.
Sem dúvida, o Oriente é o berço original dos provérbios. Conforme declaram eminentes sábios, quase todos os provérbios europeus tem sua origem no Oriente. A mais excelente e a mais instrutiva coleção de provérbios encontra-se na Bíblia, sob o título de “Provérbios de Salomão”, sendo a Bíblia um livro oriental também. “Provérbios” é muito mais do que uma coleção de máximas e princípios humanos. É a sabedoria divina intencionada em orientar nossa vida diária. E, perigoso, é negligenciá-la. Visa, ainda, demonstrar que a piedade não é uma atitude mística, mas uma virtude intensamente prática.
Escrito sob a inspiração de Deus, “Provérbios” tem vários autores humanos. Somente nos capítulos 10 – 19 e 25 – 26 temos os provérbios de autoria de Salomão. Nos capítulos 1:6 a 9:18, 19:20 a 24 encontramos as “Palavras dos Sábios” (veja 1:6 – 22:17-24, palavras que Salomão aprendeu de seus mestres). Nos capítulos 30 e 31 encontramos as palavras de Agur e Lemuel. Dentre os 3.000 provérbios que Salomão disse (I Reis 4:32) ele mesmo selecionou muitos e os pôs em ordem (Ecles. 12:9). Muitos anos depois “os homens de Ezequias, rei de Judá” (Prov. 25:1) fizeram outra seleção daquele vasto repertório, preservado, sem dúvida, na biblioteca real. O livro de Provérbios foi, então, completado como o temos hoje.
Salomão pôs em ordem a coleção de Provérbios que ele compôs. Que ordem? À primeira vista parece não ter nenhuma ordem, mas, não há desordem em nenhum livro divino. Um segundo olhar nos revela 3 divisões, marcadas pela frase: “Provérbios de Salomão”- 1:1, 10:1 e 25:1. Examinando com atenção essas 3 divisões descobrimos diferenças notáveis, especialmente nos pronomes: em algumas partes estão na segunda pessoa e em outras na terceira pessoa. Estes e outros dados induziram o Dr. Thirtle e outros a uma conclusão decisiva: - os provérbios pronunciados na segunda pessoa do singular são os que foram ensinados a Salomão pelos seus mestres, e o que aludem a terceira pessoa, são os que Salomão ensinou aos seus discípulos e ao povo em geral.
1) Objeto e resultado dum estudo deste livro
2) Quem dará atenção
14 discursos, todos com a introdução “Meu filho”: 1:8, 10, 15 – 2:1 – 3:1, 11, 21 – 4:1, 10, 20 – 5:1 – 6:1, 20 – 7:1.
Notar a segunda pessoa: Teu, Te, e a terceira pessoa: Ele, lhe, seu eles, lhes.
6 discursos, iniciando com a frase “Meu filho”: 19:27 – 23:15, 19, 26 – 24:13, 21.
PARTE IV – Provérbios por Salomão – Caps. 25 – 26
Copiados pelos homens de Ezequias, da Biblioteca Real.
Principia sem introdução formal.
Notar, outra vez: “Meu Filho”. 27:11
Verso 4 é o grande enigma apresentado pelo Todo Poderoso, da eternidade para o tempo.
Diversos conselhos sábios e também o louvor de uma esposa virtuosa
O método de estudos em tópicos, é o melhor para o estudo deste livro. Siga-se tudo que este livro fala sobre: o louco, o sábio, o coração, o preguiçoso, o justo, etc. e descobrirás uma verdadeira mina de ensinos.
Eis aqui, um estudo modelo sobre o louco:
Aquele que confia no seu próprio coração. (28:26)
a) Seu caminho é direito (12:15)
b) Detesta a idéia de apartar-se do mal (13:19)
a) Odeia tudo que o faz sentir-se pequeno (1:7)
b) Sem temperança (12:16)
c) Suas palavras são insensatas (12:23)
d) Zomba do pecado (14:9)
e) Mal considera sua mãe (15:20)
f) Sem concentração de pensamentos nem propósitos definidos (17:24)
g) Alimento (15:14)
h) Nenhum deleite (18:2)
i) Sua boca o leva a contendas (18:6-7)
3:35, 11:29 (conf. Lucas 12:20)
a) Aprender o ABC da sabedoria, isto é, “O temor do Senhor”.
b) E, deixar que o Senhor lhe seja feito Sabedoria.