1) Odeia a injustiça
2) Odeia o ritualismo
3) Deleita-se em perdoar.
O anúncio do lugar do nascimento de Cristo, 5:2.
Deus se esquece dos pecados dos crentes, 7:18-19.
Nada se sabe de Miquéias além do que vem registrado em 1:1, e que era de Judá. Era contemporâneo de Isaías que profetizou 17 ou 18 anos antes que Miquéias iniciasse seu ministério. Embora fosse um camponês, seu ministério foi dedicado às cidades.
Seu nome “quem é como Jeová” reflete seu caráter. Para ele, Deus era tudo. Tinha em alto conceito a Santidade, a Justiça e a Compaixão de Deus. Termina seu livro exclamando: “- Quem, ó Deus, é semelhante a ti?...” (7:18) compreendendo muito bem o que dizia. A julgar pelos seus escritos, era um homem de poder notável, calmo, juízo são, coração terno, todavia, fiel, e contudo reconhecia ser Deus a fonte (3:8)
É notável por muitas razões: (a) É escrito em estilo encantador, cheio de beleza poética, pelo que, é um favorito dos estudantes dos profetas menores. (b) Contém uma profecia notável concernente à Jerusalém, 3:12. (c) e, à glória futura de Jerusalém, cap.4. (d) Indica o lugar do nascimento do Salvador, 5:2 (e) e, como diz Dean Stanley, contém “uma das mais sublimes e emocionantes declarações da religião espiritual contidas no Velho Testamento”, 6:6-8. (f) E, para coroar tudo isso, em 7:18 e 19, temos, como diz o Dr. Pierson: “um pequeno poema de 12 linhas (no hebraico) ... uma das coisas mais esquisitas que se encontram em todo o Velho Testamento, e que, por si somente, provaria que a Bíblia é a Palavra de deus, porque não há nada que se lhe possa comparar em toda a literatura humana”.
Todo autor se orgulha quando é citado, seja pela imprensa ou pela opinião pública. Há três ocasiões notáveis quando Miquéias é citado: (a) Pelos anciãos da terra, e fazendo assim, foi salva a vida de Jeremias – Jer. 26:18 e Miq. 3:12. (b) Citado na chegada dos Magos em Jerusalém. Mat. 2:5 e 6 e Miq. 5:2. (c) Pelo Senhor, quando enviou seus doze discípulos. Mat. 10:35 e 36 e Miq. 7:6.
Alguns sustentam que o livro contém três discursos, começando cada um com a palavra “Ouvi”- Este ponto de vista é prejudicado, visto que, essa palavra aparece cinco vezes: 1:2, 3:1 e 9, 6:1 e 2. A exemplo de Isaías, temos duas divisões distintas: - Denunciatória, caps. 1-3, e Consolatória, caps. 4-7. Tem uma semelhança notável com Isaías e tem sido julgado por alguns como sendo um sumário das predições de Isaías; um “Isaías abreviado”, mas naturalmente, é um livro distinto. Divide-se em 4 sub-divisões.
- Descrição prática do Senhor, como vem em juízo, para testificar contra Israel – 1:3-5
- A causa do juízo – 1:5
- Predição da destruição de Samaria – 1:6,7
- Invasão de Judá – 1:8,9
- O pânico conseqüente – 1:10-16
- A apostasia e violência condenadas – cap. 2
- Denunciados os chefes e os falsos profetas – 3:1-11
- A destruição de Jerusalém graficamente predita – 3:12
- Observai a grande diferença no trato. O Senhor que testificou contra Israel, surge aqui, consolando-o através de suas declarações concernentes às glórias vindouras – 4:1-5
- Embora disperso, Israel será juntado – 4:6-8
- Embora positivo o cativeiro babilônico, Israel seria liberado – 4:9-13
- Tudo isso se conseguirá por intermédio de Jesus, “O Eterno” – 5:1-3
- A glória futura de Israel – 5:5-15
- Ele requer adoração e serviço espirituais – 6-8
- O pecado e o mal, denunciados e julgados – 9-16
- Notar: o profeta fala no vs. 8, a respeito do que deus requer, mas, nada diz do dom de Deus. Não poderemos satisfazer o que Ele requer sem que, primeiro, recebamos os dons divinos da justiça e vida.
- Os próprios lares haviam sido invadidos pelo ódio e pelo engano – 5-6
- O profeta se volta para Deus (7), repreende o inimigo, (8) confessa, humildemente, o pecado de Israel (9), confiante espera em Deus para o futuro, (10-17) e termina declarando a plenitude, a liberalidade e fidelidade do perdão de Deus.