Charles Reade, eminente autoridade literária, declarou que o livro de Jonas é a mais bela história jamais escrita em tão pouco espaço. É uma jóia perfeita e rica em ensinos.
Este livro é um campo de batalha ao criticismo destruidor do modernismo. É considerado, por muitos, uma simples alegoria sem fundo histórico algum, porém, II Reis 14:25 prova que Jonas era um personagem histórico. Ainda, o caráter histórico deste homem é confirmado pelo Senhor Jesus em Mat. 12:39-41. Portanto, não hesitamos em afirmar que, temos aqui um fato e não ficção; é uma história e não fábula.
Jonas era natural de Gate-Hefer perto de Nazaré, portanto era galileu, provando quanto mentiram os fariseus ao dizerem: “que da Galiléia nenhum profeta surgiu” (João 7:52). Naum e Malaquias também eram da Galiléia.
Jonas iniciou sua carreira profética quando Eliseu terminava a sua. Algumas autoridades antigas dos judeus eram de opinião de que Jonas era o filho da viúva de Zarefate que Elias ressuscitara.
Uma de suas profecias foi preservada em II Reis 14:25-27. Era, portanto, um profeta acreditado.
Capítulo 4:2 é a chave, dando-nos a compreensão do livro inteiro. Por quê Jonas desobedeceu ao Senhor?
(1) não por causa da covardia; há evidências abundantes de sua coragem neste livro.
(2) Nem tampouco por não simpatizar com “missões estrangeiras”.
(3) Nem ainda por considerar sua própria honra de profeta.
(4) O motivo que o levou a desobedecer a Deus foi um falso patriotismo. Assíria era o grande inimigo de Israel e Jonas pensou em deixá-la perecer nos seus pecados para que Israel ficasse livre de seu velho inimigo. Ir lá, pregar a eles, poderia conduzi-los à salvação e preservação, e isso, ele desejava evitar.
Devia ter sido um profeta experimentado ao ser chamado.
Este livro começa abruptamente – “Levanta-te”, parecendo ser uma continuação e não um início do seu ministério.
Nínive era, na verdade, “grande cidade”. Era de 95 quilômetros de circunferência, cobrindo 560 quilômetros quadrados, com uma população de 600.000 pessoas.
O profeta desobedeceu deliberadamente o Senhor.
“pagou, pois, a sua passagem”. Sempre temos de “pagar” quando O desobedecemos.
Notemos 4 coisas “preparadas” neste livro: 1:17 – 4:6, 7, 8.
Quão parecido com o sono do pecado é: 1:6
Salvação pela substituição é ensinada em 1:15
Eis aqui uma oração feita em grande aflição, e num lugar esquisito.
Notar:
- Sua condição – deslocado
- Sua descrição gráfica.
Oh! Que alegria em não ser lançado fora por desobediência e infidelidade!
Teria de levar a mensagem do Senhor: “a pregação que eu te disse”
O profeta obedeceu prontamente.
Jonas alcançou sucesso porque foi uma testemunha viva das verdades que proclamava. Contemplando-o , obtinham um raio de esperança.
Notar: “os homens de Nínive creram em Deus” e se arrependeram.
Jonas alimentava uma vaga esperança de que a Assíria seria destruída.
Deus deu-lhe uma lição objetiva.
Notar: a terminação brusca, que impressiona pelas expressões tenras de Deus.
Mostra quão inúteis são os esforços humanos para impedir os Divinos propósitos da Graça.
A lição principal é a declaração em Rom. 3:29, e designava-se a ensinar o povo de Deus que Ele era Deus do gentio como o era do judeu e que tinha propósitos de graça e amor, tanto para os gentios como para judeus. No entanto, Israel nunca aprendeu esta lição, mesmo apesar do ensino eloqüente deste livro.
Em Mat. 12:38-42, Jesus declara que Jonas era tipo de sua morte e ressurreição e o povo de Nínive um exemplo do arrependimento sincero.
Jonas é tipo, não só do Senhor como de Israel. O Dr. Bullinger, sugestivamente, o tem apontado, dizendo: “Jonas é o embaixador de Deus enviado a pregar o arrependimento aos gentios. Assim foi Israel. Opondo-se à bênção aos gentios Jonas foge da desagradável tarefa. Alcançado por uma tempestade, divinamente enviada, é lançado ao mar. Assim é com Israel, que foi lançado ao mar das nações; mas, como Jonas, não está perdido, visto que, mais tarde, será atirado à terra, e será, então o embaixador de Jeová e o transmissor da bênção aos gentios”.