Na opinião de muitos, o Livro de Jó é o mais notável das Sagradas Escrituras. Tennyson considera-o como “o maior poema das antiga e moderna literaturas”. Lutero disse ser “o mais magnífico e sublime entre os demais livros das Escrituras”. Carlyle escreveu: “eu acho em Jó uma das maiores coisas jamais escritas por uma pena”.
Dos livros conhecimentos, é o mais antigo. Deve ser sido escrito mais ou menos nos tempos de Jacó.
Desconhecido, Jó 32:17 (notar o “eu”) parece mostrar que Eliú o escreveu. Embora escrito em estilo de poesia (com exceção dos primeiros dois capítulos e parte do último) Jó e as outras pessoas eram reais, portanto o livro cita fatos, e não é ficção.
Incidentalmente, revela como eram vastos os conhecimentos teológicos e a cultura intelectual dos dias patriarcais. Quase toda doutrina importante se encontra neste livro e, adicionadas de verdades científicas somente descobertas, com precisão, em nossos dias. Mas, a mensagem do livro fala do mistério do sofrimento. Julgava-se, então, que todo o sofrimento decorria do pecado pessoal. A falha de Deus, aparente, em não recompensar Seus servos e castigar Seus inimigos, como mereciam, era um problema que punha sempre ã prova, a fé dos santos do Velho Testamento. Assim, à vista do sofrimento cruel de Jó, os seus amigos deduziram ter ele pecado grandemente. Embora o livro não dê sua última palavra no assunto, no entanto, faz luz sobre o mistério do sofrimento e da dor; provando, como em Jó, que o sofrimento é permitido por Deus, não como castigo, mas, como teste revelador do caráter, para educar e instruir. Os antigos perguntavam: - “Como, este homem, pode ser justo se sofre tanto?”. Nós cristãos, perguntaríamos: - “Como, este homem, pode ser piedoso se nada sabe do sofrimento?” - A melhor resposta dada ao porquê do sofrimento do crente é: - “para sermos participantes da sua santidade”. Hebreus 12:10.
1) Jó antes da prova - Cap. 1:1-5
a) Lugar: Uz, falado em Lamentações 4:21, idêntico a Edom.
b) Pureza. (1:1)
c) Prosperidade (1:2-4)
d) Popular (Cap. 29)
e) Piedoso. (1:5) No verso 4 notemos que os filhos tinham suas próprias casas.
Notar: Jó buscou acesso a Deus através do sangue do sacrifício. (1:5)
a) Admissão na corte do Céu. (1:6)
b) Inquietação. (1:7)
c) Poder: sua extensão e limite
d) Teoria: que Jó era bom somente por interesse
e) Declaração: que o sofrimento aniquilaria a piedade de Jó.
f) A teoria supra provada falsa.
Notar: “Os filhos de Deus”, no verso 6, em conexão com 38:7 revelam-se como anjos.
a) Termina a paciência de Jó e se inicia sua queixa.
b) Embora não amaldiçoasse a Deus, amaldiçoou o dia de seu nascimento, envolvendo em suas maldições o que Satanás citara como suas bênçãos (1:10-3:23)
Notar: Os “sete dias e sete noites” de 2:13 é o período de grande luto.
a) Concordam os 3 amigos de Jó, nos seus argumentos quando dizem que todo o sofrimento deriva do pecado pessoal, portanto, a grande tribulação de Jó provava, ser ele, um grande pecador e um refinado hipócrita.
b) Nos primeiros discursos dos 3 amigos, esta suposição veio em primeiro lugar e cada um dos três termina com um apelo para que Jó se arrependa do seu pecado para que volte a prosperar.
c) Na segunda série de discursos, cada um trata, exclusivamente, dos terríveis sofrimentos e o fim dos ímpios.
d) A terceira série de discursos, assemelha-se à primeira.
e) Elifaz prova seus argumentos pela revelação recebida em sonho. Bildade se apoia em velhos provérbios que lera ou ouvira (como em 8:2-13) e Zofar pela experiência e raciocínio.
f) Embora Jó concorde com os argumentos apresentados, protesta sua inocência, e no Cap. 21 apresenta um novo argumento: os ímpios, muitas vezes, vivem em prosperidade.
g) O quarto amigo, Eliú, mais se aproxima da verdade - cap. 33 - quando diz que: o sofrimento tem de ser considerado, às vezes, como disciplina de Deus para restaurar ou instruir uma alma.
a) Admiramos, antes de tudo, por aquilo que Deus não disse. Até aqui o livro tem sido um longo argumento, se bem que, o argumento mesmo não existe. É como se os mistérios da divina providência não devessem ser resolvidos por demonstrações lógicas. O coração não entra em repouso pelo caminho das forças intelectuais.
b) Os pensamentos de Jó, voltaram-se de si para Deus. Se não podia explicar os fatos mais simples e conhecidos (história natural ou ciência) como julgar-se capaz para explicar o mistério dos caminhos divinos.
c) O fato de Deus não explicar o mistério do sofrimento, nos ensina que Ele apela para a nossa confiança..
a) e qual foi o propósito de Deus em permitir que Jó sofresse?
primeiro: revelar o caráter de Jó
segundo: lição objetiva. “O quadro negro de Deus”.
terceiro: manifestar um pecado oculto do qual Jó não era ciente: justiça própria.
b) o verso 6 é sempre a linguagem do verdadeiro arrependido.
c) Notar: a força do verso 10.