Análise nº 60
Palavra-chave: "Sofrimento"
Mensagem: Como poderemos sofrer, paciente e alegremente, para a Glória de Deus.
INTRODUÇÃO GERAL
AUTOR: Pedro, o apóstolo.
Este não era o Simão Pedro do começo, impulsivo e cheio de fraquezas, a quem Cristo chamou de Simão, Marcos 14:37; Lucas 22:31; João 21:15-17, mas o Pedro que, segundo Cristo profetizou, se converteria numa rocha, João 1:42 - o mesmo homem que havia sido disciplinado durante anos de sofrimentos e provas, e havia sido fortalecido com o batismo no Espírito Santo. A carta, evidentemente, pertence aos últimos períodos de sua vida. DATA E LUGAR: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere no versículo 5:13, pode não ser a cidade às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que era Roma, chamada figuradamente Babilônia. DESTINATÁRIOS: Os eleitos espalhados através da Ásia Menor. Provavelmente a todo o corpo de cristãos dessa região, tanto judeus como gentios. Pedro envia esta mensagem espiritual de ânimo, instrução e admoestação, especialmente às igrejas fundadas por Paulo.
PROPÓSITO: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas por Jesus.
PALAVRA CHAVE: Sofrimento. Ocorre quinze vezes ou mais na carta.
TEMA CENTRAL: A vitória sobre o sofrimento como foi exemplificada na vida de Cristo.
SINOPSE
I. A salvação gloriosa.
· (1) A esperança viva, centralizada na ressurreição de Cristo, v. 3. · (2) Herança incorruptível e imarcescível, v. 4. · (3) Poder divino mediante o qual os crentes são guardados em vitória no meio do sofrimento.
o (a) Por meio da fé, v. 5. o (b) Pelo regozijo nas provas, v. 6. o (c) Permanecendo como ouro refinado no fogo, na vinda de Cristo, v. 7. o (d) Em amor e gozo indescritíveis, v. 8. · (4) Plano misterioso.
o (a) Acerca do qual os profetas inquiriram, predizendo os sofrimentos de Cristo e a glória que seria revelada nos últimos tempos; um anelo dos anjos, vs. 10-12. o (b) Chama os crentes ao domínio de si mesmos, à obediência à espiritualidade, à santidade e à reverência piedosa, vs. 13-17. o (d) Escolhido antes da criação do mundo, vs. 20-21. II. A vida do crente à luz da grande salvação.
· (1) Deve ser purificada e regenerada por meio da verdade eterna, mostrando amor fraternal, vs. 22-25. · (2) Deve estar livre de todas as más inclinações e anelar o leite da Palavra para poder crescer, vs. 1-3. · (3) Deve chegar a ser uma pedra viva de um templo espiritual, do qual Cristo é a principal pedra angular, vs. 5-6. · (4) Deve reconhecer Cristo como precioso, como Aquele que foi rejeitado e é pedra de tropeço para os que não crêem, vs.7-8. III. Posição e deveres dos crentes.
· (1) Honorável e santa como o povo de Deus. Devem oferecer louvor ao seu Libertador divino, vs. 9-10. · (2) Como estrangeiros e peregrinos, abster-se de desejos pecaminosos, v. 11. · (3) Deveres civis e sociais: Uma conduta irrepreensível perante o mundo, obediência às autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil,vs. 12-15. · (5) Deveres em um lar cristão.
o (a) Dos servos: Devem ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento injusto, agradando assim a Deus, vs. 18-20. o (b) Devem considerar a Cristo como modelo do que sofre e como Aquele que levou o peso do pecado, vs. 21-25. o (c) Das esposas: Devem ser puras e adornar-se de virtudes espirituais, vs. 1-6. o (d) Dos esposos: Devem ser considerados com suas esposas, v. 7. o (e) De todos: Devem ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos, e perdoadores, vs. 8-9. o (f) Recordar que uma longa vida e as respostas à oração são prometidas aos que dominam a sua língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, vs. 10-13. IV. Instruções e estímulos acerca do sofrimento.
· (1) O sofrimento por causa da justiça é motivo de gozo, não de temor, e deve estar acompanhado tanto da disponibilidade para testificar da experiência cristã como de uma vida reta, vs. 14-17. · (2) O exemplo do sofrimento vicário de Cristo, de sua obra espiritual e de sua exaltação, vs. 18-22. · (3) Os sofrimentos do sacrifício de Cristo devem levar-nos à abnegação, à consagração a Deus, e ao abandono de todos os excessos sensuais do passado, vs. 1-3. · (4) Parêntese: Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que glorificam a Deus, vs. 7-11. · (5) Não se deve estranhar as provas duras, mas sim suportá-las com gozo, v. 12. · (6) O sofrimento com Cristo e por Cristo deve ser suportado com gozo, sabendo que conduz à glória espiritual, vs. 13-14. · (7) Nunca se deve sofrer como praticantes do mal. Quando, porém, somos chamados a sofrer como cristãos, devemos glorificar a Deus e encomendar nossas almas ao seu cuidado, vs. 15-19. V. Exortações e advertências finais.
· (1) Aos anciãos da igreja, acerca do espírito no qual se deve alimentar o rebanho, vs. 1-4. · (2) Tanto jovens quanto anciãos devem ser humildes e confiantes, vs. 5-7. · (3) Advertências acerca do diabo, vs. 8-9. O CRISTO DE PEDRO
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22. SETE COISAS PRECIOSAS nas cartas de Pedro.
DESTINATÁRIOS
· Esta epístola, Pedro a escreveu quase ao fim de sua vida, no ano 60 A.D., quando estava em Babilônia, (5:13) onde, uma igreja cristã havia sido organizada. a Epístola fora enviada por Silvano, (5:12) um dos companheiros de Paulo, agora livre para este serviço, porquanto o apóstolo ainda continuava preso. · Foi escrita principalmente, - não exclusivamente - aos crentes hebraicos: judeus, 1:1 e gentios, 2:9,10. O PROPÓSITO
Evidentemente, foi escrita com duplo propósito:
· Muitos crentes primitivos chegaram a pensar que Paulo e Pedro esposavam diferentes idéias sobre os fundamentos da fé cristã. Para destruir esses maus pensamentos é que Pedro a escreveu e a remeteu, justamente, por um companheiro de Paulo, às igrejas asiáticas.
· Outro propósito do escritor, foi o de animar e fortalecer os judeus convertidos, os quais, à essa altura, passavam por duas provações e enfrentavam amargas perseguições; assim fazendo, Pedro cumpria o ministério que lhe impusera nosso Senhor. (Lucas 22:31,32) PEDRO TRANSFIGURADO
A pessoa de Pedro nos Evangelhos, e seus ensinos nas suas epístolas são notável e gloriosamente diferentes! Nos primeiros, vemos Pedro contemplando seu Senhor transfigurado e, nos últimos, vemos a Pedro que, pela graça sem limite de Deus, está completamente transfigurado. Nos Evangelhos, Pedro aparece sempre impetuoso, corajoso, impaciente, sempre pronto a retribuir uma afronta pessoal, além de ambicioso pelo poder terrestre; porém, em suas cartas, ele surge paciente, longânimo, confiante, amoroso, e com a antiga ligeireza e coragem, purificadas e enobrecidas.
PALAVRAS CHAVES
· Pedro radiante, invencível, não admira que usasse como uma de suas prediletas, a palavra "esperança": 1:3,13,21; 3:15. Enquanto Paulo é chamado "O apóstolo da Fé" e João "O apóstolo do Amor", Pedro é chamado de "O Apóstolo da Esperança". · Porém, a verdadeira palavra chave é: "Sofrimento". Esta palavra e suas equivalentes aparecem vinte e uma vezes nesta pequena epístola e dão a mensagem do livro. Os sofrimentos de Cristo são mencionados em todos os capítulos, porém, nem uma só vez na sua segunda epístola.
ANÁLISE
(1) PODENDO REGOZIJAR-SE NO SOFRIMENTO POR CAUSA DE - Cap. 1:1-13 - Chave 1:6
SALVAÇÃO
· "Pedro", nome dado por Jesus.
· Notar a força da palavra "Em que" no verso 6. · Esta salvação gloriosa que, pela Graça, é nossa, através do sofrimento e das provas, nos leva ao "gozo inefável e glorioso".
· E numa grande esperança, 13. (2) PARA SOFRER, INOCENTEMENTE, PARA A GLÓRIA DE DEUS, É ESSENCIAL A - Caps. 1:14 e 3 - Chave 2:12,19,20; 3:1,17 com 4:15,16
SANTIDADE
· Que é essencial a santidade, do coração e da vida, encontra-se em tudo que Pedro escreve nesta seção.
· Ele está ansioso, para que ninguém, por conduta pecaminosa ou descuidada venha a sofrer perseguição e sofrimentos.
· Uma vida descuidada pode nos expor ao vitupério dos inimigos da Cruz.
(3) SOFRENDO ASSIM, TEMOS COM NOSSO SENHOR, - Cap. 4 - Chave 4:13
COMUNHÃO
· O pensamento de Pedro aqui, diz que a vida é reta quando no sofrer estamos em comunhão bendita com o Senhor.
· Há uma cobertura de pecados que é legítima, verso 8; sendo que se refere ao pecado dos outros e não ao nosso. (4) ASSIM SOFRENDO JAMAIS ESQUEÇAMOS QUE SE SEGUIRÁ A - Cap. 5:1-4 - Chave 5:1 com 1:11,13 e 5:10
GLÓRIA
· Conforto abençoado na tristeza e nas provações traz o pensamento no futuro.
· Esta pequena seção está repleta de "glória que se há de revelar".
· "Revesti-vos de humildade" (5) é, literalmente, "revesti-vos de humildade como de uma avental de escravo". (5) LEMBRAR QUE A PARTE DE TODOS É O SOFRIMENTO EM - Cap. 5:5 ao fim - Chave 5:9
COMUM
· Não ´r bom imaginarmos que ninguém há que sofra como nós.
· O fato é, a luz do verso 9, que, sofrimento e tristezas são experiências comuns a todos. Ninguém está isento delas.
· "Humilhai-vos" (6) para que Ele não seja obrigado a humilhar-vos.