Neemias 1.1-2.8

Autorização de Artaxerxes para reconstruir as muralhas



1) Palavras de Neemias, filho de Hacalias. Ora, sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a capital,
2) que veio Hanâni, um de meus irmãos, com alguns de Judá e perguntei-lhes pelos judeus que tinham escapado e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
3) Eles me responderam: Os restantes que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande aflição e opróbrio também está derribado o muro de Jerusalém, e as suas portas queimadas a fogo.
4) Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias e continuei a jejuar e orar perante o Deus do céu,
5) e disse: Ó Senhor, Deus do céu, Deus grande e temível, que guardas o pacto e usas de misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos:
6) Estejam atentos os teus ouvidos e abertos os teus olhos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos, confessando eu os pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti sim, eu e a casa de meu pai pecamos
7) na verdade temos procedido perversamente contra ti, e não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a teu servo Moisés.
8) Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a teu servo Moisés, dizendo: Se vós transgredirdes, eu vos espalharei por entre os povos
9) mas se vos converterdes a mim, e guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.
10) Eles são os teus servos e o teu povo, que resgataste com o teu grande poder e com a tua mão poderosa.
11) Ó Senhor, que estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que se deleitam em temer o teu nome e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. (Era eu então copeiro do rei.)


1) Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimos do rei Artaxerxes, quando o vinho estava posto diante dele, que eu apanhei o vinho e o dei ao rei. Ora, eu nunca estivera triste na sua presença.
2) E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, visto que não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração. Então temi sobremaneira.
3) e disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não há de estar triste o meu rosto, estando na cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas pelo fogo?
4) Então o rei me perguntou: Que me pedes agora? Orei, pois, ao Deus do céu,
5) e disse ao rei: Se for do agrado do rei, e se teu servo tiver achado graça diante de ti, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.
6) Então o rei, estando a rainha assentada junto a ele, me disse: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu certo prazo.
7) Eu disse ainda ao rei: Se for do agrado do rei, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do Rio, para que me permitam passar até que eu chegue a Judá
8) como também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, a fim de que me dê madeira para as vigas das portas do castelo que pertence à casa, e para o muro da cidade, e para a casa que eu houver de ocupar. E o rei mas deu, graças à mão benéfica do meu Deus sobre mim.