Esboço de Sofonias

Análise nº 36
Palavra Chave: "Zeloso”
Versos Chaves: 1:18 e 3:8
Mensagem: “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso”.
CONTEÚDO
O livro é extremamente sombrio em sua linguagem, e está cheio de ameaças e denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens no último capítulo, e o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus se converterão em um louvor entre todas as nações da terra.

SINOPSE

(1) O anúncio dos juízos vindouros sobre Judá, cap. 1.

(2) O chamado ao arrependimento, 2:1-3.

(3) Ameaças de juízo sobre as nações vizinhas, 2:4-15.

(4) O profeta pronuncia um ai sobre os pecadores de Jerusalém devido à sua corrupção e à cegueira espiritual ao continuar em sua maldade, apesar de todos os juízos executados nas nações pagãs, 3:1-8.

(5) Prediz-se um juízo universal, do qual só escapa um remanescente piedoso, 3:8-13.

(6) A futura glória de Israel, quando o Senhor libertar o seu povo e o fizer famoso em toda a terra, 3:14-20
AUTOR

Muito pouco se sabe de Sofonias, o autor deste livro. Através de 1:1 aprendemos que, provavelmente, era um príncipe da casa real de Judá, sendo um dos descendentes de Hezequias. Acredita-se que tenha profetizado ainda moço. Seu nome, que significa: “Escondido em Jeová”, talvez tivesse influído quando escreveu 2:3.
ATIVIDADE

Sofonias iniciou seu ministério profético nos primeiros dias do reinado de Josias (641-610 A.C.). Ele prediz a sentença contra Nínive (2:13) que se cumpriu em 625 A.C., e em 1:4 ele denuncia várias formas de idolatria, as quais foram estirpadas por Josias. Indubitavelmente, foi o principal inspirador do avivamento sob o reinado de Josias. A tradição adianta que, Sofonias tinha Jeremias como colega.
PALAVRAS CHAVE

Existem, no livro, três:

1) “O Dia do Senhor”, ao qual se refere sete vezes, constitui uma chave para o estudo deste livro.
2) “No meio”, é outra chave notável.
3) Porém a chave por excelência é “Zeloso”. Há um zelo ou ciúme, que jamais devera ser atribuído a Deus, é o ciúme que faz suspeitar da fidelidade e que, constantemente induz à busca de provas da mesma. Milton fala desse ciúme como sendo o “inferno do amante”. Que inferno na terra é o lar onde existe tal ciúme! Porém, há um outro ciúme, produto natural do amor, e esta é a natureza do ciúme divino. Deus ama tanto ao Seu povo que, não pode admitir um rival. Requer inteira devoção, e tudo fará para a conseguir, mesmo que tenha de lançar mão de terríveis castigos, como lemos neste livro.
CONTEÚDO

Ao iniciar a leitura deste livro, assusta-nos o seu conteúdo: denúncias terríveis, ameaças espantosas, nada além de exprobrações e ameaças de ira, - porém, quando nos lembramos da frase de Cowper, “o castigo é o semblante mais grave do amor”, vemos, em tudo isto, a prova inconteste do amor de Deus. Embora o livro comece com ira, termina com cânticos; e embora as duas primeiras seções estejam repletas de sombras e tristezas, a última seção contém o mais doce cântico de amor do Velho Testamento.
DIVISÃO A
O Senhor “no meio” para JULGAMENTO – (verso chave 3:5 com 1:7) – Cap. 1:1 – 3:8
1) O fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em “toda a terra” de Israel (ver. 1:18)
Cap. 1:1 – 2:3 e 3:1-7
a) ameaça de julgamento (1:2-7)
b) aqueles sobre quem recairá o julgamento (1:8-13)
c) a aproximação do “Dia do Senhor”(parte cumprida na invasão de Nabucodonosor. O cumprimento final e, ainda, futuro). (1:14-18)
d) chamada ao arrependimento (2:1-3)
e) a triste condição moral de Jerusalém ao tempo do profeta (3:1-7)
2) O fogo devorador do zelo do Senhor, aceso em “toda a terra” entre os gentios
Cap. 2:4-15 e 3:8
a) julgamento dos inimigos locais de Israel, literalmente cumprido naqueles dias (2:4-15)
b) julgamento dos inimigos mundiais de Israel, ainda para cumprir-se (3:8 com 2:10-11)
Quão maravilhosas e admiráveis são as declarações acima!!
DIVISÃO B
O Senhor “no meio” para SALVAÇÃO – (verso chave: 3:15-17) – Cap. 3:9 – fim.
3) O fogo devorador do zelo do Senhor, extinto e o Senhor “descansará no Seu amor”.
Cap. 3:9 – até o fim
a) o arrependimento de Israel (9) seguido da sua restauração (10). Humildade (11,12), santificação (13), regozijo (14) e libertação (15)
b) notemos o canto do Senhor (3:17)
c) o Senhor contou a Jó 38:7 – que quando firmou os fundamentos da Terra, as “estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”, mas Deus silenciara.
d) a primeira vez que se faz referências ao cantar de Deus é em relação à Redenção (Salmo 105:43)
e) foi em Mateus 26:30, a última vez que cantou? A ocasião mais recente em que Deus cantou foi a última conversão.
f) e, quando Israel será restaurado, Deus cantará...