Esboço de Daniel

Análise nº 27
Mensagem: “A Soberania Universal de Deus”.
Versos Chaves: 2:224:25.
Um companheiro do livro de Apocalipse.
AUTOR: Daniel, como Ezequiel, esteve cativo em Babilônia. Foi trazido perante o rei Nabucodonosor em sua juventude e instruído na língua e nas ciências babilônicas (caldaicas), 1:17-18.
SUA VIDA é similar à de José - foi elevado ao cargo mais alto do reino (2:48), manteve sua vida espiritual em meio a uma corte pagã, 6:10.
TEMA PRINCIPAL: A soberania de Deus sobre os assuntos dos homens em todas as épocas. As confissões do rei pagão deste fato constituem os versículos chave deste livro, 2:474:376:26.
Sinopse
SEÇÃO I. 
É principalmente uma narrativa biográfica pessoal e uma história local. Contém eventos comovedores e incomparáveis de intervenções divinas no antigo Testamento.
O livro se refere a seis conflitos morais nos quais participaram Daniel e seus companheiros.
Primeiro conflito. Entre a intemperança pagã e a abstinência escrupulosa a bem da saúde.
A abstinência obtém a vitória, 1:8-15.
Segundo conflito. Entre a magia pagã e a sabedoria celestial na interpretação de sonhos.
A sabedoria divina obtém a vitória, 2:1-47.
Terceiro conflito. A idolatria pagã confrontada pela lealdade a Deus.
A lealdade a Deus obtém a vitória, 3:1-30.
Quarto conflito. O orgulho de um rei pagão confrontado pela soberania divina.
Deus é vencedor - O rei foi lançado fora a comer erva, 4:4-37.
Quinto conflito. O grande sacrilégio contra as coisas sagradas.
A reverência obtém a vitória - a escritura na parede. Belsazar é destronado, 5:1-30.
Sexto conflito. Entre o complô perverso e a providência de Deus para com os seus santos.
A providência obtém a vitória. Deus fecha a boca dos leões, 6:1-28.
SEÇÃO II. 
Visões e profecias que relatam como a poderosa mão de Deus muda o cenário no panorama da história, caps. 7-12.
INTERPRETAÇÃO: O livro de Daniel é companheiro do livro de Apocalipse; ambos contém muita linguagem figurada.
No capítulo 7 muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, e Roma (vs. 1-7), seguidos por uma visão do Messias que vem.
No capítulo 8 aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta.
capítulo 9 contém a oração de Daniel e uma profecia velada do tempo da vinda do Messias.
Os capítulos 1011 e 12 contém predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros.
PORÇÕES SELETAS:
·         (1) O propósito de Daniel, 1:8.
·         (2) A pedra do monte, 2:44-45.
·         (3) A resposta dos três jovens hebreus, 3:16-18.
·         (4) A festa de Belsazar, cap. 5.
·         (5) Daniel na cova dos leões, 6:1-24.
·         (6) A visão do juízo, 7:9-14.
·         (7) A promessa aos ganhadores de almas, 12:3.
DANIEL

Daniel, tal qual Ezequiel, encontrava-se entre os que foram levados cativos para Babilônia, por ocasião da invasão da Palestina pelas hostes de Nabucodonosor. 1:1-3
Admite-se que procedia de família de alta estirpe, talvez da Casa Real. Foi levado para Babilônia aos 16 anos de idade, oito anos antes de Ezequiel. Sendo assim, conclui-se que Daniel seguiu entre os capturados por ocasião da primeira invasão no terceiro ano de Jeoiaquim, ao passo que Ezequiel foi levado após a segunda invasão.
Toda a sua vida desde então, passou-se na Babilônia (1:21) num período de 69 anos. No seio de uma Corte corrupta ele viveu uma vida santa, tanto assim é que, em Ezequiel 14:14-20, Daniel é apontado como padrão e modelo de justiça.
Embora pertencesse a uma raça cativa, embora nunca abandonasse sua devoção e lealdade a Jeová, alcançou o mais alto cargo da administração pública e exerceu seu poderoso ministério político nos 3 impérios: babilônico, medo e persa.
PROFETA

Não era exclusivamente um servidor público do Estado, mas, sobretudo, um profeta de Deus. Suas profecias, dirigidas, de maneira particular, às nações gentílicas, antes mesmo que aos de sua raça, figuram, em nível igual, ao lado das mais notáveis da Bíblia.
O “IMPRIMATUR” DO SENHOR JESUS

Em Mat. 24:15, o Senhor confirma a inspiração divina deste livro. O próprio título do Senhor é baseado em Daniel 7:13, “filho do homem”.
MENSAGEM

Tem diversas mensagens. Os servos do Senhor leais e obedientes (1) freqüentemente são abençoados com vitórias neste mundo, 1:9,20 –2:48,49 e (2) Deus lhes confia Seus segredos, 2:19, 22, 47; (3) Em tempos de sofrimento e provação, eles têm o conforto da Sua presença, 3:25. (4) Ergue-se também forte clamo contra o orgulho, 4:30-37 (5) em não honrar e glorificar a Deus, 5:22 e 23. Mas sua mensagem principal é proclamar a soberania universal de Deus, 4:25.
ANÁLISE

Contém duas divisões principais. A primeira trata, especialmente, de eventos históricos. A segunda de visões, e então de interpretações. O nome de Daniel, significa “Deus é meu juiz” (sugerindo a defesa que Deus lhe prestava) ou “Juiz de Deus”, isto é, aquele que transmite o juízo em nome do Senhor. Sugerem-se 6 divisões menores, como segue:
1) Histórica – escrita por Daniel na 3ª pessoa.
a) Costumes pagãos (julgados):
·         Tendo sido dedicado a Baal (seu novo nome significa que ele seria um favorito de Baal), contudo permaneceu fiel a Jeová.
·         Ele e seus companheiros recusaram-se a comer, no Palácio do Rei pagão, carne de animais sacrificados aos ídolos.
·         Deus lhe abençoou e aos seus companheiros, pela sua lealdade e deu-lhes a vitória.
b) Filosofia pagã (julgada)
·         Os filósofos pagãos (magos, astrólogos e encantadores) fracassaram na interpretação do sonho.
·         A interpretação do sonho indica o curso e fim do domínio mundial pelos gentios, desde os dias de Daniel até o fim desta era.
·         Notemos a Pedra, 2:34,35 que não cresce até que tenha feito em pedaços a grande imagem. É depois da destruição total do domínio gentílico que se estabelece o Reino de Deus.
c) Orgulho Pagão (julgado)
·         A construção desta grande imagem foi uma tentativa de Nabucodonosor para unificar as religiões do seu império por deificar-se a si mesmo.
·         Esta tentativa será repetida pela Besta, o último cabeça do domínio mundial gentílico. Apoc. 13:11-15 e 19:20.
·         Notai a significação da elevação em nossos dias, do Humanismo religioso.
d) Impiedade pagã (julgada)
·         Pela morte de Belsazar.
·         Das inscrições achadas e decifradas, sabemos agora que Belsazar e seu pai Nabucodonosor, reinaram juntos no Império Babilônico.
·         Enquanto Belsazar caía morto na captura da cidade imperial, seu pai se entregava em Borsippa.
e) Perseguidores pagãos (julgados)
·         Daniel teria mais ou menos 80 anos quando lhe sobreveio esta prova.
·         Daniel pôs a Deus em primeiro lugar e Deus o defendeu.
·         Veja como Deus foi glorificado pela lealdade do seu servo.
2) Profética – escrita na 1ª pessoa
As nações do mundo julgadas (o estabelecimento do Reino Eterno)
a) Visão das Bestas – cap. 7.
·         No cap. 2, os reinos do mundo ser vêem, pelo rei pagão, na sua glória e unidade exterior, mas sem vida – um colosso de metal.
·         Neste capítulo, eles aparecem ao profeta em seu aspecto real, como se fosse instinto com vida – vida meramente bestial, poder animal, terrível.
·         Visão do Carneiro e do Bode – cap. 8
·         Dando mais particularidades concernentes aos reinos, medo, persas e macedônio (versos 5 e 8 tanto impressionaram ao grande Alexandre Magno que ele preservou a Israel).
b) Visão das 70 semanas – cap. 9
·         Este é um capítulo muito importante. As setenta semanas são setenta períodos, cada um com 7 anos.
c) Visão do Senhor – cap. 10
·         Nos versos 1-9 e 16 até o fim, temos a visão do Senhor, mas nos versos 10-15 surge um anjo.
·         Mais profecias a respeito dos tempos de Daniel até ao final dos tempos – cap. 11 – cap. 12:3.
  • As últimas palavras – cap. 12:4 até ao fim.