Cronologia bíblica

O registo da fixação temporal dos factos mencionados no texto bíblico, é dificultado porque a Cronologia Bíblica baseia-se em datas relativas. Embora alguns pontos poderá estar ainda longe de um concenso, e em outros, haver divergências de entendimento, nós podemos construir um quadro histórico seguro - de acordo com o conhecimento actualmente disponível. Para isso os historiadores, recorrem a fontes extra-bíblicas para fazer datações absolutas. São estas que nos permitem datar, por exemplo, em que ano ocorreu a Batalha de Carquemish, quando Salomão ascendeu ao trono, a conquista de Babilónia por Ciro II, a destruição do Templo de Jerusalém, ou mesmo, o Êxodo do Egipto.
"A tarefa do historiador moderno é confrontar esses dados da Bíblia com os factos da História Geral."[1] Grande parte do Antigo Testamento é escrito em forma de História por profetas historiadores, e demostra a intenção evidente do seus autores - historiadores religiosos - de escrever História propriamente dita.
Os historiadores tiveram que achar uma data-chave, e a partir dela, já é possível datar e ordenar temporalmente a sucessão dos eventos relatados na Bíblia e procurar sincronizar-los com as cronologias dos povos contemporânios (egípcios, assírios, neo-babilónicos, persas, gregos, romanos). As datas-chaves são determinadas por se recorrer aos registos feitos em tabuinhas astronómicas, bem como aos métodos de datação através de rádio-carbono.

Índice

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[editar]Diferentes conceitos na datação

Apesar de se trabalhar com o texto bíblico e de considerar como as diversas traduções bíblicas vertem o texto, o historiador precisa investigar a história real e basear as suas conclusões em documentos históricos. Deverá procurar ser o mais isento e objectivo possível. Havendo divergências no entendimento, deverá indicar quais os argumentos contrários. Algumas datas devem ser consideradas como meras indicações até que haja mais sólidas evidências.

[editar]Números ordinais e cardinais

Há uma diferença entre números cardinais e números ordinais. Isto deve ser tomado em conta quando calculamos períodos bíblicos em harmonia com métodos de datação modernos. Por exemplo, o livro bíblico de Jeremias 52:31 fala de "o 37.º ano do exílio de Jeoaquim". O termo 37.º ano é um número ordinal. Representa 36 anos completos mais alguns dias, semanas, ou meses. Existe também alguns casos em que os anos dos reinados são arredondados.

[editar]Ano de reinado e ano de ascensão

A contagem da duração dos reinados deverá ter em consideração, se o escritor usa o sistema de "ano de Ascensão" ou de "Não-ascensão". Por vezes, isso não fica bem claro no texto bíblico. Além disso, parece existir em determinado momento histórico uma contagem dupla. Portanto, tenha isto sempre em atenção quando se diz: Fulano "tornou-se rei".
Por exemplo, o príncipe herdeiro Nabucodonosor tornou-se rei no ano de 605 a.C., com a morte de seu pai, o Rei Nabopolassar. Se o cronista aplicar o sistema de "ano de não-Ascensão", o seu primeiro de reinado é contado desde 605/604 a.C.. Se o cronista aplicar o sistema "ano de Ascensão", o seu primeiro de reinado seria entre os anos de 604/603 a.C..
Em II Reis 25:8 e Jeremias 52:12, menciona-nos que Jerusalém foi destruída no 19.º ano de Nabucodonosor II, sob o ponto de vista de Judá (ano de não-Ascensão). Já em Jeremias 52:28-30 diz que foi no seu 18.º ano, sob o ponto de vista de Babilónia (ano de Ascensão). Em 2 Reis 24:12, a deportação de Joaquim, Rei de Judá, ocorreu no 8.º ano de reinado de Nabucodonosor II (não-Ascensão), sob o ponto de vista de Judá. Em Jeremias 52:28-30, a deportação do Rei Joaquim ocorreu no 7.º ano de reinado (ano Ascensão), de Nabucodonosor II, sob o ponto de vista de Babilónia (ano Ascensão).

[editar]Anos de co-regências

Deve-se ter em atenção que existe alguns casos citados na Bíblia em que o Herdeiro ao Trono governou por alguns anos durante a vida do Rei. Podemos citar como exemplo:
  • Jeorão, filho de Jeosafá, Rei de Judá (veja em I Reis 22:51);
  • Jotão, filho de Azarias (Uzias), Rei de Judá (veja em II Reis 15:5);
  • Belsazar, filho de Nabucodonosor, Rei de Babilónia (veja em Daniel 5:1,29).
  • Dario, o Medo, com Ciro II, após a conquista de Babilónia (veja em Esdras 4:5, 6:1).
  • Provavelemnte no caso de Artaxerxes I nos últimos anos de Xerxes I.
  • Existe o caso da regência de Atália, filha de Acabe, que governou durante 6 anos o Reino de Judá, após a execução do Rei Acazias, seu filho. Esta regência finda quando Joás, legítimo Herdeiro ao Trono, aos 7 anos, tornou-se Rei (ver em II Reis 11:1,20).

[editar]Era Cristã e antes da Era Cristã

Sobre o uso das siglas a.C. (ou AEC) ou d.C. (ou EC), veja a explicação dada no artigo Anno Domini ("Ano do Senhor").

[editar]Duração dos Reinados

Sobre este ponto, temos alguns exemplos de que a duração de alguns reinados mencionados na Bíblia nem sempre são anos completos. Note os seguintes exemplos: O Rei David reinou primeiramente emHerbon, sobre a Tribo de Judá, por 7 anos e 6 meses. Após isso, tornou-se rei sobre todas tribos de Israel, reinando em Jerusalém, por 33 anos. Sabemos que duração total do seu reinado foi de 40 anos.Zacarias, filho de Jeroboão II, Rei de Israel Setentrional, reinou por 6 meses. Joaquim, filho de Jeoaquim, reinou 3 meses e 10 dias. Outro factor, a considerar é que o nosso Calendário gregoriano é solar, e oCalendário judaico, é lunar.

[editar]Datação e sincronismos

O período histórico descrito nos livros bíblicos dos I e II Reis, I e II Crónicas (também chamados de Paralipômenos), Esdras e Neemias, é narrado pelos seus autores à maneira de crónicas históricas. As Crónicas dos Reis, frequentementes citadas e transcritas ao pé da letra, foram redigidas pelos cronistas (em hebraico mazkirim) do reino. A exactidão histórica dos relatos bíblicos é assim determinada por intermédio da ajuda dos documentos contemporâneos dos povos vizinhos.
A Cronologia do Egipto foi estabelecida baseado num conjunto de evidências diferentes. Na evidência detalhada da Cronologia Neo-babilónica, é suficiente a notar que esta evidência consiste em muitas estelas de túmulos, dos testemunhos de Herodoto e de Maneto, e de vários papiros, incluindo alguns detalhes astronómicos (como o Papiro Demótico, Berlim 13588). A Cronologia Egípcia está solidamente fundamentada, e até mesmo mais, é completamente independente da Cronologia Neo-babilónica. Na realidade, ambas cronologias se complementam.
As referências abaixo são uma lista de acontecimentos históricos documentados importantes para podermos contextualizar historicamente os acontecimentos narrados na Bíblia, apesar de existirem eventuais divergências ou dificuldades na sua datação absoluta.

[editar]Esquema cronológico e sincronismos

[editar]Na Monarquia Unida

[editar]Saul

  • Saul, de Gibeá, Tribo de Benjamim, escolhido como primeiro Rei de Antigo Israel. Reinou por 40 anos. Ungido pelo profeta Samuel. Saul derrota Náas, Rei de Amon, em Jabes-Gileade. O reinado de Saúl se caracterizou-se por uma quase constante guerra contra os inimigos à sua volta. Era mais um líder e chefe militar. (I Samuel 14:47,48) São conquistadas as guarnições dos filisteus de Micmás e a montanha de Betel, e Gibeá, a sul de Geba, e Geba. Impaciente Saúl decidiu "oferecer ofertas" e Samuel avisou-o das consequências fatais da sua desobediência. (I Samuel 13:13,14) Na Batalha de Micmás, os filisteus foram novamente derrotados. A guerra contra os amalequitas, Saul foi considerado culpado de rebelião e desobediência, ao poupar Agague, Rei de Amaleque, e poupar o melhor do gado dos amalequita.(I Samuel 15) Samuel disse-lhe fora rejeitado como rei. (I Samuel 15:23) Morreu na Batalha do Monte Gilboa contra os filisteus. Nessa ocasião, o filisteu Aquis era Rei de Gate.

[editar]Davi

  • Jerusalém, em heb. Yerûshalayim, é um nome confirmado, de diferentes maneiras, pelo menos desde o Século XIX a.C.. De origem cananita ou amorreia, significando provavelmente "a cidades do (deus) Shalom", mas em hebreu provavelmente "a cidade da paz". Em textos egípcios dos séculos XIX e XVIII a.C., o nome pronunciar-se-á Urusalimum. Nas cartas de Tell-el-Amarna do Século XIV a.C. aparece como Urusalim. Em aramaico, chama-se Yerûshelem.
  • O nome Salém, em hebr. Shalem, é provavelmente a forma abreviada do nome completo. A cidade era conhecida pelo nome de Jebus, no período dos juizes, porque os seus habitantes eram chamados jebuseus. Este nome não está confirmado fora da Bíblia.
  • No tempo de David, ficou conhecida por "cidade de David". (II Samuel 5:7) David mandou construir o Palácio Real (II Samuel 5:11) e também algumas fortificações. Também construiu um local, ou estrutura, chamado "Milo" (II Samuel 5:9; I Crónicas 11:8) O nome hebraico millô’, que significa "encher", tem sido explicado de várias maneiras.

[editar]Salomão

  • Salomão, filho de David com Bateseba. Reinou por 40 anos.
  • Aliança matrimonial com a filha de Faraó (não identificado), recebendo nessa ocasião a cidade de Gezer como presente. Renova a aliança comercial com Hirão, Rei de Tiro. Possuia uma frota comercial de navios de longo curso no Golfo de Aqeba, que navegavam tri-anualmente até Ofir.
  • No seu 4.º ano, tem início a construção do Templo de Jerusalém. A sua construção durou 7 anos. Isso terá coincidido exactamente com 480.º ano após o Êxodo do Egipto. (I Reis 6:1) Construção do Palácio Real, o Pórtico das Colunas, o Pórtico do Trono, a Casa do Cedro do Libano, e por fim, o Palácio da Filha de Faraó. São construidas diversas cidades para os seu carros de combate e são fortificadas cidades-armazém. Entre os seus grandes empreendimentos deve também ser mencionada a construção de Tadmor no deserto, servindo de entreposto comercial e posto avançado militar.
  • Após conclusão dos projectos de construção, exactamente 20 anos após o início da construção do Templo, terá ocorrido a visita da Rainha de Sabá (Iemén meridional).
  • Durante grande parte do seu reinado, a Palestina gozou de paz e grande prosperidade. Também registou-se uma notável actividade intelectual.
  • Nos últimos anos do seu reinado, tolera a idolatria e promove o ecumenismo religioso, por causa dos seus casamentos pagãos. Os seus inimigos prevaleceram contra ele. Torna-se opressor do povo de Israel.
  • Sheshonq I reinava do Egipto nos últimos anos do Rei Salomão.

[editar]Após a Divisão do Reino

Tenha atenção que as datações relativas abaixo mencionadas, são as mencionadas nos relatos dos livros bíblicos de Reis e Crónicas. A sua sincronização com a cronologia dos povos vizinhos apresentam inúmeras dificuldades, pelo que deverá tomar as informações abaixo com reserva. Estas dificuldades terão de ser explicadas e documentadas em artigo específico.
  • Roboão, filho de Salomão, tornou-se Rei de Judá. Reinou por 17 anos. Jeroboão I tornou-se Rei de Israel. Reinou por 22 anos.
  • No seu 5.º ano, Sheshonq I (na Bíblia, chamado de Sisaque) invade a Palestina. Arqueologia: Templo de Carnaque muros do Templo de Amon em Tebes, Egito. Estela de Sheshonq I de Megido.
  • Abijão (também chamado de Abias), filho de Roboão, tornou-se Rei de Judá no 18.º ano de Jeroboão I. Reinou por 3 anos. Continuou a guerra com Jeroboão I. (I Reis 15:3,6,7; II Crónicas 13:3-20)
  • Asa, filho de Abijão (Abias), tornou-se Rei de Judá no 20.º ano de Jeroboão I. Reinou por 41 anos.
  • No seu 2.º ano, Nadabe, filho de Jeroboão I, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 2 anos. É executado por Baasa. Fim da Dinastia de Jeroboão.
  • No seu 3.º ano, Baasa tornou-se Rei de Israel. Reinou por 24 anos.
  • No seu 11.º ano, o etíope Zerá invade o Reino de Judá. Batalha no Vale de Zefata, em Maressa.
  • No seu 16.º ano, Ben-Hadade I, Rei da Síria, invade o norte do reino de Baasa.
  • No seu 26.º ano, Elá, filho de Baasa, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 2 anos.
  • No seu 27.º ano, Zinri executa o Rei Baasa. Fim da Dinastia de Baasa. Onri, chefe do exército de Israel, tornou-se Rei de Israel. Sitiou Tirza e Zinri se suicida no incendio do Palácio Real. Onri reinou por 12 anos. Mandou fundar Samaria e onde reinou os últimos 6 anos.
  • No seu 31.º ano, Onri tornou-se rei único, após a morte de Tibni.
  • No seu 38.º ano, Acabe(em hebr. 'Ach'ab), filho de Onri, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 22 anos. Casou com Jezabel, filha de Itbaal (na Bíblia, chamado Etbaal), Rei de Sídon. No seu reinado, um israelita reconstrói Jericó. (II Reis 16:34) Acabe mandou construir o Palácio [revistido com] de Marfim, em Samaria, e o Palácio de Jezrael. Envolveu-se em guerras contra Ben-Hadade II. Samaria chega a ser sitiada, mas não é conquistada. Derrotou os sírios na Batalha de Afeque. Coligou-se com Jeosafá, Rei de Judá, para conquistar Ramote-Gileade, morreu após no sitio. Arqueologia: Samaria, Jezrael, Jericó.
  • Jeosafá (ou Josafá), filho de Asa, tornou-se Rei de Judá no 4.º ano de Acabe. Reinou por 25 anos.
  • No seu 17.º ano, Acazias, filho de Acabe, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 2 anos. Revolta de Mesa, Rei de Moabe. (II Reis 3:4,5) Juntou-se a Jeosafá de Judá expedição comercial a serem enviada a Ofir, mas os navios naufragaram no Golfo de Aqaba. (I Reis 22:48,49; II Crónicas 20:35-37) Como ele morreu sem herdeiros, o trono passou para o seu irmão Jeorão. Arqueologia: Pedra Moabita (Museu do Louvre).
  • No seu 18.º ano, Jeorão (ou Jorão), filho de Acabe, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 12 anos. Jeorão coliga-se com Judá e Edom, para derrotar Moabe. Em Quir-Haresete, Mesa sacrifica seu primogénito para esconjurar a derrota. Jeorão é ferido pelos sírios no sitio de Ramote-Gileade. Foi executado por Jeú em Jezrael.
  • Jeorão (ou Jorão), filho de Jeosafá, tornou-se Rei de Judá no 5.º ano de Jeorão, filho de Acabe, Rei de Israel. Reinou por 8 anos. Casou com Atália, filha de Acabe, Rei de de Israel.
  • Acazias, filho de Jeorão, neto de Jeosafá, tornou-se Rei de Judá no 11.º ano de Jeorão, filho de Acabe. Reinou por 1 ano. Foi golpeado por Jeú, acabando por morrer em Megido. Arqueologia: Estela de Tell-Dan.

[editar]Após a execução da Casa de Acabe

  • Atália tornou-se regente do Reino de Judá no 1.º ano de Jeú e governou por 6 anos. É executada.
  • Jeú, tornou-se Rei de Israel, sucedendo à Dinastia de Onri. Reinou por 28 anos. Tornou-se rei tributário no 18.º ano de Salmanasar III. Jeú teve de lutar contra Ben-Hadade II, Rei da Síria, e seu sucessor,Hazael. A Dinastia de Jeú dura 48 anos. Arqueologia: Obelisco de Salmanasar III (Museu Britânico).
  • Jeoás, filho de Acazias, tornou-se Rei de Judá no 7.º ano de Jeú. Reinou por 40 anos.
  • No seu 23.º ano, Jeoacaz, filho de Jeú, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 17 anos. Hazael, Rei da Síria, impôs-lhe uma redução substancial do exército.
  • No seu 37.º ano, Jeoás, filho de Jeoacaz, Rei de Israel, tornou-se rei. Reinou por 16 anos. Derrotou por 3 vezes Hazael, Rei da Síria.
  • Amazias, filho de Jeoás, tornou-se Rei de Judá no 2.º ano de Jeoás, filho de Jeoacaz, Rei de Israel. Foi capturado por Jeoás, Rei de Israel, na Batalha de Bete-Semes [de Judá].
  • No seu 15.º ano, Jeroboão II, filho de Jeoás, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 41 anos. Restaurou ao país todo o território desde da terra de Hamate até ao Mar Morto. (II Reis 14:25)
  • Azarias (também chamado de Uzias), filho de Amazias, tornou-se Rei de Judá no 27.º ano de Jeroboão II. Reinou por 52 anos.
  • No seu 38.º ano, Zacarias, filho de Jeroboão II, tornou-se Rei de Israel. Reinou 6 meses. Foi executado por Salum. Fim da Dinastia de Jeú. Salum tornou-se Rei de Israel e reinou apenas 1 mês lunar (30 dias). Foi executado por Menaém.
  • No seu 39.º ano, Menaém executa Salum e tornou-se Rei de Israel. Reinou por 10 anos. No seu reinado, Menaém tornou-se rei tributário de Tiglate-Pileser III, Rei da Assíria.
  • No seu 50.º ano, Pecaías, filho de Menaém, tornou-se Rei de Israel. Reinou por 2 anos.
  • No seu 52.º ano, Peca executa o Rei Pecaías e tornou-se Rei de Israel. Reinou por 20 anos.
  • Jotão, filho de Azarias (Uzias), tornou-se Rei de Judá no 2.º ano de Peca. Reinou por 16 anos. Foi co-regente com seu pai, nos últimos anos do seu reinado.
  • Acaz, filho de Jotão, tornou-se Rei de Judá no 17.º ano de Peca. Reinou por 16 anos. Sob pressão da guerra sírio-israelita, Acabe tornou-se rei tributário de Tiglate-Pileser III. O Rei da Assíria conquistaDamasco e executa Rezim, Rei da Síria. Em seguida, invade o reino de Peca, reduzindo o país à região montanhosa de Efraim.
  • No seu 12.º ano, Oséias executa o Rei Peca e tornou-se Rei de Israel. Tiglate-Pileser III confirma Oséias como rei. Reinou por 9 anos.
  • Ezequias, filho de Acaz, tornou-se Rei de Judá no 3.º ano de Oséias. Reinou por 29 anos.
  • No seu 4.º ano, Salmanaser V invade Reino de Israel e sitia Samaria por 3 anos (722 a.C. a 720 a.C.).. Nesse tempo, Osorkon IV (na Bíblia, é chamado de "Sô") era o Rei do Egipto.
  • No seu 6.º ano, Sargão II conquista Samaria. Isto terá ocorrido em 720 a.C..

[editar]Após a conquista de Samaria

  • No seu 14.º ano, Senaquiribe invade Reino de Judá. Conquista de Laquis. Jerusalém é sitiada, mas não chega a conquista-la. Nesse tempo, Taraka (na Bíblia, chamado de "Tiraca") era o Rei do Egipto. Recebe a visita de emissários de Madruque-apal-iddina II (na Bíblia, chamado de Medroaque-Baladã ou Madruque-Baladã), que se tornara Rei de Babilónia. Arqueologia: relevos de Laquis (Museu Britânico), Prisma de Senaqueribe (Instituto Oriental da Universidade de Chicago), Inscrição de Siloé (Museu Arqueológico de Istambul), Túnel de Siloé. Fontes escritas: textos históricos assírios (Anais de Tiglat-Pileser III e Sargão II), as óstracas da Samaria e de Láquish e alguns livros bíblicos (Reis I e II; Crónicas, I e II; Amós, Oseias e Isaías). A par destas, os testemunhos arqueológicos provenientes das escavações de tells. Asdode sargão II Assassinato de Senaqueribe por seus próprios filhos (2 Reis 19:37), como registrado nos anais de seu filho Esar-Hadom. Queda de Nínive como predito pelos profetas Naum e Sofonias (2:13-15), registrado no Tablete de Nabopolazar.
  • Manassés, filho do Rei Ezequias, reinou por 55 anos. Foi levado como prisioneiro para Babilónia. (II Crónicas 33:11) Tornou-se rei tributário de Esar-Hadom, Rei da Assíria.
  • Amon, filho do Rei Manassés, reinou por 2 anos.
  • Josias, filho do Rei Amon, reinou por 31 anos.
  • No seu 12.º ano, início a reforma religiosa no Reino de Judá.
  • No seu 18.º ano, achou-se "o livro da Lei de Moisés". Realiza-se uma celebração ímpar da Páscoa.
  • Morre ao tentar deter o exército de Neco II, na Batalha de Megido, em 609 a.C.. A conquista definitiva de Harã e a derrota Assur-Uballit II pelos babilónicos, marca o fim do Império Assírio.

[editar]Últimos Reis de Judá

  • Jeoacaz, filho de Josias, torna-se rei durante 3 meses. (609 a.C.) Foi chamado a Ribla e deposto por Neco II. É levado prisioneiro para o Egipto. Em seu lugar, Neco escolhe Jeoaquim, filho de Josias, como Rei de Judá.
  • Jeoaquim (ou Jeoiaquim, também chamado de Eliaquim), filho de Josias, reinou por 11 anos. (608 a.C. a 598 a.C.) Tornou-se rei tributário de Neco II. Logo após a Batalha de Carquermish, em 605 a.C., Nabucodonosor é aclamado Rei de Babilónia. O seu 1.º ano de reinado foi o 4.º ano de reinado de Jeoaquim. O Rei de Judá torna-se rei tributário de Nabucodonosor II (isto é, Judá passou a "servir o Rei de Babilónia"). Ao fim de 2 anos, Jeoaquim se rebelou e procura o auxílio do Egipto.
  • Joaquim (também chamado de Jeconias), filho de Jeoaquim, reinou por 3 meses e 10 dias. No 8.º ano de reinado de Nabucodonosor II, em 598 a.C., Jerusalém é sitiada e o Rei de Judá rende-se. Ocorre a primeira deportação.
  • Zedequias (Matanias), filho de Josias, reinou por 11 anos. (598 a.C. a 587 a.C.) Jerusalém é sitiada e conquistada, no 19.º ano de reinado de Nabucodonosor II, em 587 a.C.). Nesse tempo, Apriés era o Rei do Egipto. (Jeremias 44:30; 37:5-11) Os habitantes são deportados em massa para Babilónia. A cidade e seu Templo são destruidos. Após o assassínio do Governador Gedalias, o restante dos judeus foge para o Egipto e a terra de Judá fica sem habitantes. Nesse tempo, Baalins era o Rei de Amon.
  • Jeremias 39:3 nomeia os príncipes de Nabucodonosor presentes no sitio final de Jerusalém. Veja Neriglissar e Nebo-Sarsequim.
  • A destruição de Jerusalém ocorreu quando Apriés (na Bíblia, chamado Hofra) era Rei do Egipto. Segundo a cronologia egípcia, Apriés começou a reinar em 589 a.C..
  • VAT 4956 (Museu Britânico) fixa astronómicamente o 37.º ano de Nabucodonosor em 568 a.C.. Estabelece 605 a.C. como seu ano de ascensão. O texto cuneiforme fragmentado menciona uma batalha travada por Nabucodonosor II contra Amasis II. Segundo a cronologia egípcia, Amasis II começou a reinar em 570 a.C..

[editar]Ver também

Referências

  1.  Bíblia de Jerusalém, Introdução ao Pentateuco, Edição Paulus, pág. 27

[editar]Ligações externas



http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_B%C3%ADblica