Análise nº 5
Palavra chave: "Obediência"
Mensagem: O verdadeiro motivo para a obediência e a necessidade da obediência.
INTRODUÇÃO GERAL
NOME: Derivado das palavras gregas, deuteros, que significa "segunda", e nomos, "lei".
AUTOR: Moisés, comumente aceito.
OCASIÃO HISTORICA: A geração passada de Israel havia perecido no deserto. Era importante, então, que a lei fosse repetida e exposta à nova geração antes que esta entrasse na Terra Prometida.
CONTEUDO: Uma série de discursos e exortações dadas por Moisés nas planícies de Moabe, antes da travessia do Jordão, 1:1. TEMA PRINCIPAL: Repetição das leis proclamadas no Sinai, com um chamado à obediência, mesclado com a lembrança das experiências da geração passada.
PENSAMENTO CHAVE: O requisito divino da obediência, 10:12-13. SINOPSE
· (1) Lembrança do relacionamento de Deus com Israel no passado, caps. 1-4. · (2) Repetição do Decálogo e referências à eleição de Israel como povo separado, obediente aos mandamentos divinos, caps. 5-11. · (3) Um código de leis que devem ser guardadas em Canaã, caps. 12-26. · (4) Bênçãos pronunciadas sobre a obediência e maldições sobre a desobediência. A morte e a vida expostas perante o povo, caps. 27-30. · (5) Palavras finais de Moisés, seu cântico, bênção ,etc., caps. 31-33. · (6) Lembrança adicional da última visão e da morte de Moisés, cap. 34. LEMBRA-TE: Lembra-te. Está repetida com freqüência através de todo o livro.
· (a) Da promulgação da lei, 4:9-10. · (c) do cativeiro passado, 5:15. · (d) da grande libertação, 7:18. · (e) da liderança e provisão divinas, 8:2-6. · (f) dos pecados do passado, 9:7. · (g) dos juízos divinos, 24:9. · (h) dos dias passados, 32:7. PASSAGENS IMPORTANTES
· (a) O grande mandamento e a importância de não se esquecer da Palavra de Deus, 6:4-12. · (b) As riquezas da provisão divina, os perigos de esquecê-la, e a idolatria, cap. 8. · (c) As bênçãos da obediência e a maldição do pecado, cap. 28.
O LIVRO
Deuteronômio é o quinto livro de Moisés. Seu nome significa "A Segunda Lei", bem que, o livro não contém uma nova lei mas as leis dadas em Sinai 39 anos antes, aqui são revistas e comentadas. Impunha-se, com urgência, tal repetição. A exceção de Calebe e Josué, todos quantos saíram do Egito e receberam as leis em Sinai, não mais existiam, daí a necessidade de dar à nova geração, com toda a ênfase, essa repetição. Dessa tarefa se desincumbiu Moisés, numa séria de discursos nas planícies de Moabe, ao fim de 40 anos de jornadear errante e exatamente um mês antes da travessia do Jordão pelos israelitas para se apossarem da terra prometida. Esses discursos dirigidos, oralmente, ao povo (Capítulo 1:3) foram, posteriormente escritos e reunidos em forma de livro. (Capítulo 31:24-26) O LIVRO USADO POR JESUS
Poderia-se supor que este livro tenha merecido particular estima da parte de Jesus Cristo, nosso adorável Senhor, durante sua infância, mocidade e vida de varão, pois, no conflito que manteve com o tentador (Mateus 4:1-11, Lucas 4:1-13 com Deuteronômio 8:3, 6:16, 6:13 e 10:20), todas as citações eram deste livro. A julgar pelas muitas citações que aparecem nos livros dos profetas, devia ter sido o livro favorito deles também. SATANÁS TEM MEDO DESTE LIVRO
Este livro tem sido alvo de terríveis ataques por parte da "Escola de Alta Crítica". A data do livro é questão importante na crítica do Velho Testamento. Sustentam os críticos que o livro não foi escrito por Moisés, mas, por um autos desconhecido, no mínimo 600 anos depois; dizem mais que o Pentatêuco, foi, em grande parte, escrito para glorificar o Sacerdócio em Jerusalém e, particularmente, para estabelecer em Jerusalém o único templo para a adoração em Israel. Como explicar, então, o fato de que o nome de Jerusalém não só é totalmente ausente em Deuteronômio, como também não é citado, uma vez sequer, nos demais livros de Moisés? Recordando-nos como Jesus o usou, não nos admira que Satanás o odeie e tente desacreditá-lo.
NOTÁVEIS REFERÊNCIAS NESTE LIVRO
Deuteronômio contém:
(1) a primeira referência aos filhos de Belial, 13:13; (2) pela primeira vez encontramos a lei de pendurar no madeiro o condenado à morte, 21:22 e 23; (3) a única referência no Velho Testamento à grande visão recordada em Êxodo 3 que precedeu a chamada de Moisés e a libertação de Israel, 33:16; "Aquele que habitava na sarça", e a grande profecia acerca dum profeta que havia de vir - Cristo! (18:15-19). MAIS DO QUE REVISÃO
Este livro é muito mais do que uma recapitulação e do que uma revisão da Lei dada em Sinai. Com autoridade foi dito que: "o livro recorda o passado olhando para o futuro". O livro inteiro é um tratado divino sobre a obediência. Moisés já percebera bastante (Números 20:1-6) que a nova geração não era superior a de seus pais e, reconhecia, que tudo dependia da obediência: - sua própria vida, a posse de Canaã, a vitória sobre seus inimigos, a prosperidade e a felicidade. Assim com todo o vigor de uma natureza ardente, ele roga à nova geração. Ele mostra quanto Deus anseia para que O obedeçam, (5:29) porque era seus, (1:3 e 14:1) porque os amou, (4:37 e 7:7,8) porque desejava preservá-los e os fazer progredir, (4:1,40; 5:29; 6:2,3,24) e que, pela gratidão a Ele devida, pela graça, misericórdia e privilégio imenso que lhes concedeu, eles deviam render-lhe tal obediência, (4:7,8) - (5:6 - 4:33). Toda a beleza e força deste livro só pode ser apreciada quando o lemos duma vez. Como é forte, poderoso, no exortar e em apelar ao coração. A ANÁLISE
Há oito discursos distintos e separados, com um capítulo final sobre a morte de Moisés.
1º Discurso = RETROSPECTO - Caps. 1 - 4:43
· A falta em Cades Barnéia, (1) · Aplicação deste retrospecto, (4:1-40) 2º Discurso = REVISÃO - Caps. 4:44 - 26
· O maior dos discursos.
· Aqui, Moisés revê as leis moral, civil e cerimonial.
· Notar: 5:22 "e nada acrescentou", a perfeição e a finalidade dos 10 mandamentos. 3º Discurso = AVISO - Caps. 27 e 28
· Instruções quanto à solenidade da cerimônia ao ser realizada ao entrarem na Canaã.
· Notar: o altar foi edificado sobre o monte da maldição! 27:5. Este é o Evangelho. 4º Discurso = ALIANÇA - Caps. 29 e 30
· Nesta aliança se estabeleceu as condições para Israel entrar na terra prometida.
· Observa-se a ênfase dada à circuncisão do coração. (30:6) 5º Discurso = CONSELHOS - Caps. 31:1-23
Últimos conselhos de Moisés
· Aviso de Jeová, (14-21) Notar a tristeza de Jeová, nessa Sua declaração.
6º Discurso = INSTRUÇÃO - Caps. 31:24-29
· Este é um discurso aos Levitas, com respeito à preservação do livro de Deuteronômio.
· Notar: o verso 26, significa, literalmente, "perto do lado da Arca". 7º Discurso = CÂNTICO - Cap. 31:30 e Cap. 32
Um saldo sublime.
Notar: pelo verso 44 se deduz que Moisés cantou em dueto com Josué. Israel acompanhando no coro.
8º Discurso = BÊNÇÃO - Cap. 33
Este discurso é, realmente, uma profecia notável.
Notar no capítulo 33
9º Discurso = MOISÉS - Cap. 34
· Morte, solitária, como é toda a morte.
· Morte ante uma visão.
· Morte no abraço divino. Pode ser traduzido "Morreu pelo beijo de Deus".