O Evangelho de João



Publicado em 10/19/2001
Tim Lahaye
Um homem chamado Jesus

A confiabilidade do evangelho de João é atestada por manuscritos e artigos (desde o final do primeiro século) do que qualquer obra literária da antiguidade, o que incomoda bastante os céticos. É preciso lembrar que os manuscritos antigos são raros, principalmente por não serem escritos em papel como conhecemos hoje, mas normalmente em papiro, um material extremamente vulnerável ao tempo, umidade, mofo e deterioração (o pergaminho foi inventado por volta do quarto século). No entanto, muitas peças em papiro daquele período foram descobertas, o que confere validade à Bíblia (e especialmente o evangelho de João) mais do que qualquer outro documento antigo.

Em 1885, no Egito central, onde o ar é seco, muitas documentos antigos foram encontrados, cobertos durante séculos por areias protetoras. Nos dez anos seguintes, descobertas arqueológicas revelaram muitos fragmentos das Escrituras, respondendo a muitas perguntas dos céticos. Em 1920, um fragmento de papiro do evangelho de João também foi encontrado, medindo oito centímetros e nove milímetros por seis centímetros e quatro milímetros, contendo João 18.31-33 de um lado e 18.37-39 de outro.

Os estudiosos atribuíram-no à primeira metade do segundo século. É o mais antigo manuscrito da Bíblia encontrado - uma evidência de que o evangelho de João existia e estava em circulação no Egito, nos anos que se seguiram imediatamente à morte de João.

Este importante fragmento está sob uma redoma de vidro na Coleção Chester Beatty, da Biblioteca Rylands, em Manchester, Inglaterra, e é considerado um dos mais importantes manuscritos da história (embora já não seja o texto bíblico mais antigo). Este documento comprova a veracidade do evangelho de João bem como confirma sua autoria.

Além desse célebre fragmento do manuscrito de John Rylands, existe outra evidência da antiguidade do evangelho de João:

A veracidade do evangelho de João é comprovada também pelo Egerton Papiro 2, com data anterior ao ano 150. Foi também usado por Tatian em seu Diatessaron. ...João foi também conhecido e usado em alguns círculos heréticos gnósticos - por exemplo, por Ptolomeu, um discípulo de Valentino, pelo evangelho de Pedro (cerca de 150), e (provavelmente) pelo autos do evangelho da Verdade, de Valentino.

Uma, evidência adicional da autenticidade deste importante evangelho é o fato de ele ter sido aceito imediatamente por todos os líderes da igreja primitiva. Por exemplo, Inácio, em suas Sete Cartas, escritas por volta de 110 d.C., faz citações dos quatro evangelhos. Papias, que viveu em 70-155 d.C., foi discípulo de João e citou seus escritos, juntamente com os outros evangelhos, em seu livro Uma Explanação dos Pronunciamentos do Senhor. Citações semelhantes podem ser encontradas nos escritos de Irineu (130-200 d.C.), um aluno de Policarpo (tendo sido ele mesmo, por sua vez, um aluno de João), bem como nos de Justino Mártir e outros pais da igreja. Apesar de apenas parte de seus escritos ter sido preservada, aqueles que restaram confirmam a existência e imediata aceitação, na época, do evangelho de João (assim como de outros livros do Novo Testamento).

A Bíblia é, com certeza, o livro mais lido e amado no mundo, e dos livros do Novo Testamento, o preferido é o evangelho de João.



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